Dentre celebrações como Dia dos Namorados, casamentos, bodas de papel, prata ouro… Sim, nós também temos uma data específica para comemorar o Dia dos Solteiros, que, no caso, acontecerá neste próximo domingo, 15 de agosto.
Em homenagem a todos os solteiros leitores da Bons Fluidos, nós da revista conversamos com o psicólogo e especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami, Alexander Bez, que respondeu algumas de nossas questões sobre o fato de um indivíduo não estar em um relacionamento. Confira abaixo:
Estar solteiro é mesmo sinônimo de solidão?
“Estar solteiro não é sinônimo de solidão. A solidão é um sentimento interno e está muito associada às questões da baixa-estima, além de questões próprias de autodepreciação, como a falta de confiança própria.
Dessa forma, a solidão mantém uma associação muito íntima entre a depressão e o isolamento social – que se estende ao isolamento emocional, sendo completamente diferente de estar solteiro.”, explica o profissional.
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Quais as vantagens e desvantagens de se estar solteiro?
“As vantagens e as desvantagens de estar solteiro são muito individuais. É justamente essa representação emocional da própria pessoa que irá se perfazer como uma vantagem ou como uma desvantagem no aparelho psicoemocional dela. Onde ela pode entender que quer ser/estar solteira, sem compromissos e consequentemente sem ter solidão, ou ter alguém e mesmo assim se sentir sozinha pelo sentimento da solidão.
Para muitas pessoas, não adianta estar acompanhada conjugalmente, pois o que nos comanda é a nossa mente. Para quem tem o hábito de sair e ficar com várias pessoas, ser solteiro é uma vantagem, pois assim a pessoa não estabelece vínculos emocionais e prefere apenas ficar na pista. Então realmente é muito relativo, tudo depende da fase da vida que a pessoa está e seus interesses.”, explica.
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Qual conselho você diria para as pessoas que vem buscando incessantemente por um companheiro(a) e não aceitam a vida de solteiro?
“É preciso entender que a felicidade é um processo interno, jamais externo. A pessoa precisa, numa primeira instância, ter todas as esferas psicoemocionais equilibradas para só depois se envolver emocionalmente com alguém. Senão, todas as relações acabarão tendo outro propósito que é o de ‘preencher às lacunas da mente’, e não a de ter uma ótima união à dois.
Transtornos de carência, bem como transtornos de dependência, configuram-se como grandes vilões no sentido de ‘determinar que a pessoa tenha alguém’. Reflita sobre esse sentimento, se permitindo o sentir. Dê tempo a você mesmo, avalie o seu estado emocional, não fique com alguém só para estar com alguém, estruture-se e reestruture-se emocionalmente. A felicidade vem de dentro, dialogue com essa instância.”, finaliza Alexander