Para controlar o apetite, basta praticar atividade física, explicam os especialistas

Um pesquisa da Universidade Murdoch mostrou que a contração muscular, ocasionada pelos exercícios, estimula a produção de interleucina-6 e a irisina, substâncias que reduzem a fome

apetite
Um pesquisa mostrou que a contração muscular estimula a produção de interleucina-6 e a irisina, substâncias que reduzem o apetite – Pexels/Anna Shvets

As atividades físicas possibilitam múltiplos benefícios, como a prevenção de doenças, melhora da disposição e da saúde mental, bem como a queima de calorias. Além disso, ainda sobre o controle do peso, um estudo recente da Universidade Murdoch mostrou que os exercícios propiciam a redução no apetite.

Publicidade

Controle do apetite

Para entender como as atividades poderiam diminuir a fome, os cientistas propuseram um experimento com um grupo pequeno, composto por 11 homens, com idades entre 20 e 24 anos. Inicialmente, eles reuniram informações sobre a dieta e a rotina de exercícios dos participantes. Em seguida, os entrevistados, classificados como sedentários e com obesidade, passaram por medições do colestrol e do percentual de gordura.

Após a coleta dos dados, eles tomaram café da manhã, esperaram o processo de digestão por uma hora e seguiram para as atividades físicas. Em um tipo de bicicleta ergométrica, os voluntários fizeram cinco minutos de aquecimento e pedalaram até a exaustão, enquanto os pesquisadores avaliavam os efeitos no corpo, como o consumo de oxigênio e a frequência cardíaca. Como resultado, os profissionais descobriram que a contração dos músculos estimulava a produção de interleucina-6 e a irisina, substâncias que controlam o apetite.

Desta forma, após a ginástica, as propriedades eram liberadas por até 40 minutos e combatiam a vontade de comer. Em entrevista à ‘Agência Einstein‘, a endocrinologista Deborah Beranger ressaltou que, apesar de restrito, o levantamento corrobora com o que especialistas já defendem. “O estudo traz informações interessantes sobre os fatores referentes à influência dos exercícios sobre a fome e a saciedade, e ratifica outros trabalhos que já demonstraram essa relação — que, inclusive, podemos comprovar na nossa prática clínica, em especial quando se trata de exercícios aeróbicos de intensidade moderada”, apontou.

Exercícios oferecem benefícios cognitivos

Reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, auxiliar o controle de peso e prevenir contra doenças são apenas alguns dos benefícios de se exercitar. Segundo um estudo da Universidade do Sul da Austrália, os exercícios físicos, como corrida, musculação ou ioga, ainda melhoram a função cognitiva do cérebro e a memória de todas as idades.

Para entender como as atividades físicas atuam no corpo humano, os pesquisadores realizaram 2.724 testes clínicos, com mais de 250 mil participantes. Os resultados mostraram que exercícios moderados melhoraram a memória de crianças e adolescentes. Além disso, pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresentaram maior concentração e redução da impulsividade. Segundo os estudiosos, os avanços foram obtidos rapidamente. Confira a matéria completa.