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Entenda o que é o vitiligo, condição que Natália, do BBB, tem

O vitiligo é uma condição autoimune, benigna e não contagiosa, mas que ainda é cercada de grande preconceito; sem causa conhecida ou cura definitiva, doença pode ser controlada para melhorar qualidade de vida e autoestima

Entenda o que é o vitiligo, condição que Natália, do BBB, tem – Reprodução / Instagram / @deonaty_ // Foto de Armin Rimoldi no Pexels

Natália Deodato, participante do Big Brother Brasil, surpreendeu ao entrar na casa mais vigiada do país e falar abertamente, com orgulho, sobre a condição que causa manchas brancas em sua pele: o vitiligo.

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Natália não está sozinha: a doença afeta cerca de 1% da população mundial, inclusive com diversos famosos já tendo falado abertamente sobre a condição. A atriz Luiza Brunet, a blogueira Sophia Alckmin e a modelo Winnie Harlow são exemplos disso, visibilidade que é muito importante para aumentar a conscientização e diminuir o preconceito sobre a doença.

Entenda o que é o vitiligo, condição que Natália, do BBB, tem

“Mesmo sendo uma doença benigna e não contagiosa, as lesões provocadas pelo vitiligo geram um impacto significante na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Geralmente, há um impacto psicológico, profissional e social na vida do paciente”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff.

Segundo a médica, o principal e único sintoma da doença apresentado pela grande maioria dos pacientes é o surgimento de manchas cutâneas acrômicas (sem pigmentaçào). São manchas brancas de tamanhos variados na pele que se formam devido à diminuição ou ausência de melanina, pigmento produzido pelos melanócitos, nos locais afetados.

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“As causas do vitiligo ainda são desconhecidas, mas já se sabe que fenômenos autoimunes e alterações emocionais, como estresse, são fatores que estão relacionados com a doença, podendo desencadeá-la ou agravá-la. Além disso, pessoas que possuem histórico de vitiligo na família têm mais chance de sofrer com a doença”, explica.

Devendo ser diagnosticado clinicamente por um dermatologista, o vitiligo pode ser classificado em dois tipos: segmentar ou unilateral e não segmentar ou bilateral. O primeiro, que normalmente aparece quando o paciente ainda é jovem, manifesta-se apenas em uma parte do corpo, podendo afetar também a coloração dos pelos e cabelos.

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“Já o vitiligo não segmentar ou bilateral é o tipo mais comum da doença e manifesta-se de forma generalizada, geralmente surgindo primeiro nas extremidades do corpo, como mãos e pés. Desenvolve-se em ciclos de perda de cor e estagnação que duram a vida toda e tendem a se tornar maiores com o tempo”, completa a dermatologista.

Quanto à prevenção, não há maneiras conhecidas ou cientificadas comprovadas que ajudem a evitar o surgimento do vitiligo. Porém, pacientes que têm tendência ou já sofrem com a doença devem evitar fatores que possam acelerar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes, como a exposição solar prolongada, ferimentos na pele e stress.

Com relação à forma de lidar com a doença, muitos famosos afirmaram cobrir as áreas afetadas com uso de maquiagem, e recentemente muitas campanhas reforçam a importância da autoestima e pregam a aceitação do corpo com vitiligo.

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Quando se fala de tratamento, a Dra. Paola explica que, apesar de o vitiligo não ter cura, existem opções terapêuticas capazes de controlar e melhorar a doença, visando evitar o aumento das lesões e repigmentar da pele. “A fototerapia com radiação UVB-nb é indicada para quase todas as formas de vitiligo, promovendo ótimos resultados. Além disso, podem ser utilizadas outras tecnologias como a fototerapia PUVA, lasers, técnicas cirúrgicas e de transplante de melanócitos. Na maioria dos casos, recomenda-se também acompanhamento psicológico”, destaca.

“Mas é imprescindível que você consulte um dermatologista ao perceber os sintomas da doença, pois os resultados do tratamento podem variar entre cada caso e apenas um profissional qualificado poderá indicar a melhor opção de acordo com as características de cada paciente.”

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Sobre a fonte:

Dra. Paola Pomerantzeff é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. Instagram: @drapaoladermatologista