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Estudo prova que estímulo na medula espinhal promove alívio de dor

A estimulação medular espinhal é uma técnica pouco invasiva e com mínimos efeitos colaterais quando comparada com medicamentos para o alívio de dor crônica

Estudo prova que estímulo na medula espinhal promove alívio de dor
Estudo prova que estímulo na medula espinhal promove alívio de dor – Pexels

Um estudo publicado recentemente na revista científica internacional Scientific Journal of Health revelou que o estímulo na medula espinhal promove alívio da dor. O estudo juntou vários profissionais pelo Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH). Dentre eles, o médico ortopedista especialista em cirurgia de coluna vertebral e medicina regenerativa, Luiz Felipe Chaves Carvalho e o PhD em Neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues.

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Conheça a EME: estimulação medular espinhal

Pacientes com câncer estão sujeitos a sentirem dor como resultado da doença ou do tratamento multimodal (cirurgia, quimioterapia e radioterapia). A estimulação medular espinhal (EME) é uma técnica minimamente invasiva, reversível, e possivelmente exibe poucos efeitos colaterais quando em comparação com os medicamentos usados para o alívio da dor crônica e de difícil tratamento, e tem sido amplamente utilizada em pacientes não oncológicos.

Segundo os autores, o objetivo do estudo foi relatar um caso de sucesso ao implantar o sistema em um paciente que desenvolveu dor intensa e odinofagia após tratamento radioterapêutico para neoplasia da orofaringe. “Nosso paciente desenvolveu dor crônica do tipo mista, predominantemente neuropática, de alta intensidade e constante, e identificada como sequela tardia resultante do tratamento radioterápico”, diz a pesquisa.

Entre os sintomas do paciente, estavam: dor em queimação, sensação de choque, e parestesia na região da cavidade oral e auricular bilateral, além da presença de odinofagia grave.

Conforme os autores, o alívio contínuo e sustentado da dor foi verificado, após o implante, nas reavaliações iniciais (com 2 semanas e 1 mês) e trimestrais (a partir de 2 meses), e se mantém mesmo após de 2 anos de realizado o procedimento.

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Segundo os responsáveis pela pesquisa, o paciente que foi analisado no estudo respondeu com sucesso ao tratamento de neuroestimulação, mantendo o alívio contínuo e redução de 100% da dor na cavidade oral, o que possibilitou a suspensão da medicação opioide, a resolução da odinofagia, a recuperação dos hábitos alimentares, o retorno às atividades diárias, melhorando a qualidade de vida.