Harvard aponta que dormir menos de cinco horas pode desencadear Alzheimer; entenda

Estudos mostram que a privação do sono pode auxiliar no desenvolvimento de doenças cognitivas; entenda

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Estudo de Harvard mostra que menos de cinco horas de sono pode ser prejudicial à saúde; confira dicas de como dormir melhor – Reprodução: Canva/Jun

Você sabia que ter uma boa noite de sono não é importante apenas para manter a energia no dia a dia? Dormir bem é uma necessidade vital para manter o funcionamento do corpo e da mente. Pesquisadores de Harvard e diferentes áreas têm alertado sobre a importância do sono e os riscos de sua privação. Hoje, o tema se expandiu tanto que deu origem ao campo da “medicina do sono”, com foco em tratar questões relacionadas ao tema.

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Reciclagem cerebral

O sono profundo contínuo é fundamental para os cuidados com a saúde. À revista Science Advances, cientistas comparam o cérebro com um processo de reciclagem: ele elimina resíduos e substâncias desnecessárias durante o descanso. O problema está, portanto, quando essa “limpeza” não acontece naturalmente. A privação pode causar prejuízos na saúde e, até mesmo, desencadear doenças como o Alzheimer.

“A falta de sono reparador está ligada à manutenção de processos inflamatórios crônicos, considerados a base de todas as doenças crônicas e não transmissíveis”, ressaltou Daniel Cardinali, médico e pesquisador da Universidade de Buenos Aires (UBA), em entrevista ao jornal O Globo.

Como a fragmentação do sono afeta o cérebro?

Estudos revelam que a privação do sono colabora para o envelhecimento precoce de células cerebrais. Por outro lado, indivíduos que dormem bem tendem a apresentar células imunológicas mais jovens e menos ativas, o que pode proteger contra os efeitos do Alzheimer.

Uma pesquisa, publicada pela Escola de Medicina de Harvard, acompanhou mais de 2.800 idosos no dia a dia. Dessa forma, observou que aqueles, que dormiam menos de cinco horas por noite, apresentaram o dobro de risco de desenvolver a doença cognitiva ou morrer, em comparação com os que descansavam de seis a oito horas.

O que é a higiene do sono?

O conceito de higiene do sono, introduzido pelo pesquisador norte-americano Peter Hauri, em 1977, está relacionado a um conjunto de práticas comportamentais e ambientais que ajudam a melhorar a qualidade deste momento. Ou seja, algumas ações podem ser tomadas para garantir uma noite de sono restauradora. Demais, né?

Dentre as principais práticas, especialistas recomendam: estabelecer horários regulares para dormir e acordar (inclusive, nos finais de semana); evitar o uso de dispositivos eletrônicos (como celulares e televisão) por, pelo menos, uma hora antes de dormir; reduzir o consumo de cafeína, nicotina e álcool nas horas que antecedem o sono; e criar um ambiente favorável ao descanso (com pouca luminosidade ou ruídos).

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