Boas notícias! Um estudo indicou que, durante a fase pré-clínica, a injeção contra câncer de mama foi capaz de eliminar completamente os tumores
Um avanço da ciência cheio de esperança! Um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Science concluiu que uma injeção em fase pré-clínica (ou seja, testada em animais) foi capaz de eliminar tumores relacionados ao câncer de mama. Esse novo tratamento, em estágio inicial, se mostrou promissor em eliminar completamente a doença de uma forma menos invasiva que as terapias convencionais.
“Em nossa pesquisa, propusemos um tratamento alternativo em que a injeção da droga imunotoxina pelo duto poderia resultar na limpeza do DCIS. Para nossa grande surpresa, as drogas mataram todas as lesões presentes naquele ducto mamário. Eu nunca tinha visto resultados tão bons em minha vida”, explicou a autora principal do estudo e professora de oncologia e patologia da Johns Hopkins, Saraswati Sukumar, em um comunicado.
O experimento, realizado em camundongos, é capaz de fornecer uma forte base pré-clínica para a realização de ensaios de viabilidade e segurança com pacientes que têm câncer de mama em estágio 0 (carcinoma ductal in situ – DCIS). Esse tipo de tumor é caracterizado pela presença de células pré-cancerosas anormais dentro dos ductos de leite na mama. Nessa fase, as células cancerosas ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de origem.
“Este DCIS maior e de grau superior pode ser as lesões em que a instilação de imunotoxina intraductal seria mais benéfica”, explicou Sukumar. A grande vantagem, segundo ela, é que a administração da imunotoxina pela via intraductal permite atingir todas as lesões cancerígenas, eliminando mesmo aquelas que não são visíveis por imagem da mama.
No Brasil, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 66.280 pessoas devem ser diagnosticadas anualmente com câncer de mama. Em relação a mortes pela doença, o levantamento do Inca mostrou que 18.032 morrem anualmente no país em decorrência do tumor. Por isso a importância de estudos que descobrem terapias alternativas. Avanço da ciência!
