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Patanjali foi quem primeiro sistematizou a prática da ioga – iStock

A ioga tem suas raízes fincadas num
tempo distante, mais precisamente por volta de 5000 a.C. As primeiras
referências sobre essa filosofia milenar aparecem nos Vedas, os textos sagrados
do hinduísmo. Mas esse caminho para a descoberta interior só foi efetivamente
pavimentado no século 2 a.C. através de um sábio conhecido como Patanjali,
que o sistematizou nos Yoga Sutras, um conjunto de 196 textos curtos, sucintos
e de fundo moral, conhecidos como aforismos (veja reportagem Os Oito Passos da
Ioga, neste site). Todas as referências a seu respeito são suposições
históricas e da arqueologia. Textos indianos dizem que sua mãe chamava-se
Gonika e era uma iogue solteira. O nome que deu ao filho quer dizer caído
(pãta) num momento de oração (añjali). Também acredita-se que o sábio nasceu
onde hoje é o Paquistão e que era um mestre em três ciências: sânscrito,
medicina aiurvédica e ioga. “Não se sabe até se eram três Patanjali, ou um só.
Mas, pela unidade do texto, acredita-se que se tratava da mesma pessoa”, afirma
Marcos Rojo, de São Paulo.

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Na cultura indiana, o objetivo final da ioga é proporcionar a união com
Deus, um ente genérico, sem atestados religiosos. Existem várias escolas de
ioga, que dão receitas diferentes de como chegar a isso. A de Patanjali mostra
os caminhos por meio do domínio da mente. “Ele ensina, através dos sutras, como
deixar de ser escravo dos pensamentos para ser senhor deles”, afirma a
professora de ioga Anna Ivanov, de São Paulo.

Para saber mais: Os Yoga Sutras de Patanjali, texto clássico fundamental do sistema filosófico do Yoga (ed. Mantra). A obra, recém-lançada, foi traduzida pelo professor Carlos Eduardo Barbosa, estudioso da cultura indiana e mestre iogue.