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Qual o perigo de limpar demais a pele e por que sabonetes antimicrobianos podem ser perigosos? Especialista explica

Se você quer se livrar da acne ou tem mania de limpeza excessiva, seu microbioma e sua pele podem estar em risco e mais suscetíveis aos danos ambientais

Qual o perigo de limpar demais a pele e por que sabonetes antimicrobianos podem ser perigosos? Especialista explica – Freepik / @jcomp

A nossa pele possui um manto lipídico, que é como se fosse uma “película lubrificante” formada por água e óleo na sua superfície. Esse manto lipídico tem função de proteção e de preservar a hidratação e a saúde da pele.

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“Limpar demais essa pele, sem repor a umidade, pode causar um ressecamento em um primeiro momento e depois a produção rebote de mais oleosidade. Além disso, nossa pele conta com um microbioma, uma ‘população’ de bactérias boas que nos protegem contra doenças e outros problemas, como ressecamento e sensibilidade da pele”, afirma o Dr. Daniel Cassiano, dermatologista da Clínica Gru Saúde. 

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Qual o perigo de limpar demais a pele e por que sabonetes antimicrobianos podem ser perigosos?

Ele explica que a presença desses microrganismos mantém o pH da pele em equilíbrio. Mas, usar sabonetes e outros cosméticos que reduzem excessivamente essas bactérias pode deixar a pele desprotegida e suscetível a doenças. Além disso, quando isso acontece, há um desequilíbrio, causando, assim, o aparecimento de acne em pacientes mais propensos. Do caso contrário, pode ressecar excessivamente a pele, causando rugas precocemente.  

O uso generalizado de produtos de limpeza antimicrobianos contribua com a resistência bacteriana. Ao mesmo tempo em que esse tipo de produto perde força no mercado, seu oposto ganha terreno: são os produtos formulados com probióticos — bactérias do bem.

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“Eles são projetados para ajudar no crescimento de certas bactérias benéficas da pele. Em teoria, os produtos probióticos para a pele fazem sentido. Há um crescente corpo de pesquisas que mostra como nossos micróbios comensais — as populações nativas de bactérias, vírus e fungos que colonizam nossa pele — melhoram nossa saúde. É hora de parar de pensar em ‘eliminar a qualquer custo as bactérias’ e começar a pensar em estimular a ação das boas bactérias”, diz o médico.

 Para cuidar do microbioma da pele, o médico sugere algumas dicas: tome banho morno, rápido e com sabonetes suaves que consigam manter o pH da pele. Outra dica é manter a pele sempre hidratada, assim, mantemos um ambiente favorável para os microrganismos bons.

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“Lembre-se também de usar filtro solar, uma vez que o sol pode causar danos em diversas camadas da pele. Usar produtos antipoluição também é recomendado, principalmente para pacientes que vivem em metrópoles, pois a poluição tende a deixar nossa pele em desequilíbrio e mais irritada”, afirma o Dr. Daniel.

  Mas nem tudo é cuidado tópico. O especialista finaliza esclarecendo que o estresse a má alimentação também podem interferir no nosso microbioma. Por isso, sempre faça atividades físicas, mantenha boas escolhas alimentares e procure profissionais que auxiliam no controle do estresse e da ansiedade.

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