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Tratamentos não medicamentosos para enxaqueca: como funcionam?

Tratamentos não medicamentosos para enxaqueca podem apresentar grandes resultados ou ser apenas uma forma de controle das crises

Tratamentos não medicamentosos para enxaqueca: como funcionam?
Tratamentos não medicamentosos para enxaqueca: como funcionam? – Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

A enxaqueca crônica já foi apontada, pela Organização Mundial da Saúde, como uma das quatro doenças crônicas mais incapacitantes. Os tratamentos mais comuns incluem medicamentos, geralmente de uso contínuo e podem causar efeitos colaterais.

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“O tratamento não é apenas medicamentoso. Envolve também mudanças no estilo de vida como uma alimentação equilibrada, boa qualidade de sono e prática de atividades físicas regulares, além de evitar os possíveis gatilhos para as dores. Existe o tratamento cirúrgico e os injetáveis para os pacientes que não conseguem um controle adequado do quadro com medicações e alterações comportamentais”, destaca o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico.

Tratamentos não medicamentosos para enxaqueca: como funcionam?

Alimentação e enxaqueca: segundo o médico, existem diversos gatilhos para as crises de enxaqueca e muitas pessoas têm dores dependendo de como se alimentam. “Uma dieta equilibrada e que evite alimentos que desencadeiam as crises, como por exemplo bebidas alcoólicas, auxilia no controle da doença e em uma melhor qualidade de vida”, explica.

Toxina botulínica x enxaqueca: a toxina botulínica é um dos tratamentos para pacientes que têm enxaqueca crônica. Segundo estudo publicado na Plastic and Reconstructive Surgery, um corpo crescente de evidências apoia a eficácia das injeções de toxina botulínica na redução da frequência das crises de enxaquecas crônicas. Esse tratamento foi autorizado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2011 e já foi alvo de diferentes pesquisas científicas no Brasil e exterior comprovando a eficácia do método.

Fisioterapia é uma opção? Segundo o médico, a fisioterapia é uma alternativa de tratamento também sobretudo para pacientes com dores na região occipital (nuca). “No entanto, ela em geral é indicada associada a outros tratamentos como o medicamentoso”, diz o Dr. Paolo.

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Biofeedback ajuda a controlar a doença: o biofeedback é outra alternativa de tratamento que, em geral, é associado aos medicamentos e mudanças no estilo de vida. “A resposta é muito individual e o tratamento é feito através do uso de equipamentos eletrônicos ligados ao corpo do paciente. Ele é também utilizado no tratamento de outras patologias como ansiedade, síndrome do pânico, depressão e transtornos do humor”, diz o médico.

Cirurgia pode ser a solução! “Os procedimentos são pouco invasivos e superficiais e consistem na descompressão dos nervos que dão sensibilidade para a cabeça e o pescoço, a depender de onde são as dores do paciente, e de maneira semelhante ao que é feito para tratamento de dores em outras partes do corpo. De acordo com as pesquisas, em torno de 80% a 90% dos pacientes que operam apresentam sucesso com o tratamento, sendo que em torno de 30% a 40% ficam totalmente livres de dores”, diz o Dr. Paolo.

Além de melhorar os sintomas de dor de cabeça conforme demonstrado em diversos estudos, o procedimento também está associado a uma redução significativa no uso de medicamentos, principalmente no caso de pacientes que sofrem com dores crônicas e debilitantes.

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