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Último brasileiro a ter poliomielite vacina filho e incentiva outros pais

“Não podemos baixar a guarda que o vírus pode voltar”, disse Deivson Rodrigues, paciente que ficou paralítico por seis meses devido à poliomielite

Último brasileiro a ter poliomielite vacina filho e incentiva outros pais
Último brasileiro a ter poliomielite vacina filho e incentiva outros pais – Arquivo pessoal/Reprodução do G1

Na última quarta-feira, 21 de setembro, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) disse que países como Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru correm um alto risco da volta da poliomielite. A queda da cobertura regional de vacinação acontece anualmente. Em 2022, o número foi de 79%, o menor desde 1994. Por isso, o incentivo à vacinação é primordial.

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Último brasileiro a ter poliomielite vacina filho e faz alerta a pais

Com 34 anos, o paraibano Deivson Rodrigues Gonçalves foi o último paciente de poliomielite registrado no país. Em 1989, ele ficou paralítico durante 6 meses. Nessa época, ele não conseguia mover os olhos mas, felizmente, conseguiu se recuperar e hoje vive sem sequelas. Mas, sabendo da gravidade da doença, ele faz questão de participar de campanhas incentivando a vacinação – e já começou a vacinar seu filho de quase 2 anos.

“É importantíssimo vacinar para evitar que o vírus volte. Digo também aos pais que levem seus filhos à vacinação, que não deixem de vacinar. Não podemos baixar a guarda, que o vírus existe e pode voltar ao Brasil. Quem ama cuida e vacinas salvam vidas”, disse, em entrevista ao G1. Ele alertou acerca da baixa adesão da campanha por pais.

O diagnóstico de Deivson veio quando ele tinha 1 ano e 5 meses. Na época, ele teve uma febre muito alta que não passava e, quando sua mãe o levou a uma pediatra de sua cidade, a profissional percebeu que ele estava perdendo os movimentos. “Fiz exames em João Pessoa e em Recife e fui diagnosticado com o vírus da poliomielite. Passei cerca de 6 meses, fazendo medicação, fisioterapia, até voltar aos poucos o movimento”.

Por ter ficado paralítico por um tempo, ele faz questão de tentar conscientizar o máximo de pessoas possíveis para a importância da vacinação. Em 2017, Deivson participou do II Simpósio Internacional de Sobreviventes da Poliomielite, organizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

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“Hoje eu sou um homem, um pai de família, sou casado e tenho um filho que vai fazer dois anos. Eu trabalho como educador físico e sou personal trainer”, finalizou.