Aos 17 anos, brasileiro quebra recorde de memorização do Guinness Book

Natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, o jovem estudante Maike Anthony dos Santos Silva é o mais novo recordista do Guinness World Records no quesito memorização. Aos 17 anos, o menino decorou e proferiu nada menos que 10.122 dígitos – até agora, o maior número de casas decimais registrado já memorizado por uma pessoa.

Brasileiro de 17 anos bate recorde de memorização do Guinness Book

Tudo começou quando Maike Anthony objetivou ganhar a medalha de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP). Assim, começou a ler livros sobre cálculo mental e estudar técnicas de memorização.

A título de curiosidade, os primeiros milhares de dígitos do pi, todos os países e suas respectivas capitais e a tabela periódica, com número atômico, nome dos elementos químicos, símbolo e classificação, fazem parte de seu arsenal de memórias decoradas.

“O que me inspirou a tentar quebrar um recorde do Guinness World Records foi a quantidade de casas decimais. Além da memorização de números ser uma ótima forma de treinar a memória, quebrar esse recorde exigiria muito das minhas habilidades e, portanto, seria um ótimo desafio”, disse Maike Anthony em entrevista a CNN Brasil neste último domingo, 21.

A preparação para o grande dia, quando seria testado pelo Guinness World Records, levou um ano para acontecer. A partir de 27 de fevereiro de 2021, Maike passou a decorar os números. Nos primeiros nove dias, por exemplo, decorou 1.008 dígitos. Posteriormente, mais 1.050.

“Após a memorização, eu dividia meus dias entre estudos e recitação dos dígitos. Costumava gravar minha voz falando todos os algarismos e ouvir o áudio posteriormente para corrigi-los”, disse.

No dia da avaliação, marcada para 6 de fevereiro de 2022, Maike Anthony demorou durou duas horas e vinte minutos para completar a sequência de 10.122 dígitos. Na data em questão, o jovem de 17 anos, que havia sido vendado, foi acompanhado por um cronometrista e duas testemunhas que acompanhavam os números corretos enquanto Maike os proferia.

Além disso, ele teria um intervalo máximo de 15 segundos entre um dígito e outro para lembrar o próximo ou corrigir o anterior e, então, proferir o número seguinte. “Porém, isso não foi preciso no meu caso, pois recitei todos os dígitos corretamente de primeira”, disse o menino.

“No dia da tentativa, estava bem ansioso, mesmo depois de já ter treinado bastante, mas felizmente tudo saiu como o esperado”, finalizou Maike Anthony, que sonha cursar matemática em uma universidade dos Estados Unidos.