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Como a fé ajudou Rayssa Leal e Ítalo Ferreira em suas conquistas olímpicas? Cientista explica

Neurocientista Fabiano de Abreu mostrou como a fé ajudou cientificamente os campeões olímpicos brasileiros a lidarem com a pressão e conseguirem vitórias em suas modalidades

Como a fé ajudou Rayssa Leal e Ítalo Ferreira em suas conquistas olímpicas? Cientista explica – Fotos: Patrick Smith/Getty Images – Ryan Pierse/Getty Images

Logo após uma de suas emblemáticas vitórias na Fórmula 1, Ayrton Senna comentava sobre as adversidades enfrentadas na pista para conquistar aquele triunfo. Eis que uma frase proferida ali é lembrada até hoje por seus fãs: “Deus é grande, Deus é forte. E quando ele quer, não há quem não queira”.

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Como pode ver, a fé está sempre ao lado de esportistas vitoriosos. Exemplo disso é que, nos últimos dias, dois atletas destacaram suas crenças enquanto celebravam suas conquistas nas Olimpíadas: Ítalo Ferreira conquistou a medalha de ouro no surfe e Rayssa Leal, aos 13 anos, conseguiu a prata no skate.

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Logo após subir ao lugar mais alto do pódio, Ítalo ainda estava bastante emocionado quando revelou que durante toda a preparação repetiu uma frase motivadora: “Eu vim com uma frase pro Japão: ‘Diz amém que o ouro vem'”, confessou. “Essa frase está do lado da minha cama, todos os dias eu orei às 3h da manhã, pedi a Deus que realizasse esse sonho e tá aí, meu nome na história do surfe”. Já a jovem skatista afirmou: “Nada disso seria possível se não fosse Deus, o apoio de meus pais, dos meus apoiadores e patrocinadores”, disse na época. “Eu luto para todos meus sonhos se tornarem realidade, nunca desista dos seus”, disse.

E de que maneira a fé estimula os atletas a buscarem os melhores resultados? Para o PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu, “as experiências espirituais e religiosas ativam o circuito de recompensa do cérebro. E isso libera neurotransmissores, dentre eles a dopamina e uma das regiões é o núcleo accumbens e a substância nigra nos núcleos da base, localizado no interior do cérebro”.

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A chave do sucesso de Ítalo e Rayssa está justamente aí, revela o neurocientista. “Quando se acredita em algo com convicção, manipulamos o sistema límbico lidando melhor com a pressão devido à crença. A ansiedade é uma pendência, que interfere na região emocional do cérebro, através da amígdala cerebral, em busca de soluções”, diz.

“Ao acreditar em alguma divindade, liberamos neurotransmissores da recompensa, que alivia o estresse. O que acontece então é que, entre situações que aumentem a ansiedade, é nessa situação de satisfação que o organismo encontra a homeostase. Neste caso, a fé faz liberar sensações que amenizam os danos da ansiedade excessiva e permitem que o esportista faça da melhor maneira a sua atividade”, finaliza Fabiano de Abreu.

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