A recente pesquisa analisou até que ponto as vacinas conseguiram frear, de maneira eficiente, a pandemia; como esperado, os resultados foram positivos
Nessa última quinta-feira, 23 de junho, uma pesquisa publicada na revista The Lancet Infectious Diseases concluiu que as vacinas foram capazes de evitar até 20 milhões de mortes por Covid-19 nesse primeiro ano de campanha, em todo o mundo. Esse estudo foi o primeiro a calcular, em escala mundial, o impacto da vacinação — direta e indiretamente.
“Não é possível medir diretamente quantas mortes teriam ocorrido sem a vacinação. A modelagem matemática oferece uma ferramenta útil para avaliar cenários alternativos, que não podemos observar diretamente na vida real”, explicou, porém, o coautor do estudo e pesquisador do Imperial College London, Gregory Barnsley.
Os cientistas analisaram o período entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021 — primeiro ano em que as vacinas ficaram disponíveis. 185 países estão inclusos nesse estudo.
Quando falamos diretamente, 79% das mortes — cerca de 15,5 milhões de pessoas — foram evitadas. Indiretamente, ou seja, pela transmissão reduzida do vírus na população e a redução da carga sobre os sistemas de saúde, o número chegou a 4,3 milhões.
“Nossas descobertas mostram que milhões de vidas provavelmente foram salvas ao disponibilizar vacinas para pessoas em todos os lugares, independentemente de sua riqueza. No entanto, mais poderia ter sido feito. Se as metas estabelecidas pela OMS tivessem sido alcançadas, estimamos que cerca de 1 em cada 5 das vidas perdidas devido à Covid-19 em países de baixa renda poderiam ter sido evitadas”, concluiu, em um comunicado, Oliver Watson, também autor da pesquisa.
