Publicidade

Vacina de spray nasal contra Covid-19: como funciona?

Prevenir a infecção e reduzir de forma mais eficiente a transmissão da doença: spray nasal é buscado por cientistas

Vacina de spray nasal contra Covid-19: como funciona?
Vacina de spray nasal contra Covid-19: como funciona? – Freepik

Pesquisadores do Incor, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), vêm testanto e desenvolvendo a primeira vacinal nasal 100% brasileira contra a Covid-19. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também participa do projeto, que teve início no começo da pandemia, em março de 2020.

Publicidade

Vacina de spray nasal contra Covid-19: como funciona?

Os cientistas começaram buscando um antígeno para a vacina — proteína ou molécula capaz de induzir a produção de anticorpos específicos contra o vírus. Para isso, eles investigaram como funcionou a resposta imune de 210 pacientes recuperados da Covid-19. Além desse processo, eles avaliam produzir o imunizante em larga escala.

Atualmente, os experimentos do spray estão sendo feitos em animais e uma capacidade de gerar respostas de anticorpos foi observada. O próximo passo é testar, por meio de ensaios clínicos, em voluntários.

“A vacina está definida, o que se precisa nesse momento é a preparação industrial, em boas práticas de fabricação, para que ela possa ser utilizada em seres humanos. A parte científica está resolvida, agora é uma etapa de desenvolvimento tecnológico em que somos bastante deficientes no Brasil e, talvez, tenhamos que recorrer a parceiros lá fora”, explicou Jorge Kalil Filho, diretor do Laboratório de Imunologia do Incor, em entrevista à CNN.

Apesar dos resultados primários serem positivos, o pesquisador explicou que ainda não há previsão da ampla utilização da vacina em pessoas. São necessários mais estudos conclusivos e mais infraestrutura. “Temos que fazer essa produção piloto e, depois, os testes clínicos de fases 1, 2 e 3. Da forma como pensamos em fazer os testes clínicos, é possível que consigamos terminar em seis meses. Mas precisamos da formulação em boas práticas de fabricação”.

Publicidade