Gurus de A a Z: todas as segundas-feiras, um guru pra você conhecer e se inspirar. Aos 29 anos, o jovem Siddharta começou a ter seus primeiros questionamentos sobre temas como a velhice, a dor, a morte e a superação do sofrimento mediante a contemplação – postulado que se tornaria uma das bases do budismo
Aos 29 anos, o jovem Siddharta começou a ter seus primeiros questionamentos – iStock
Siddharta Gautama, fundador do budismo, nasceu em 563 a.C., em Kapilavastu, capital do reino de Sakya, onde é hoje a fronteira da Índia com o Nepal. Filho de um rajá e uma princesa, cresceu e foi educado no luxo do palácio, afastado da miséria em que vivia seu povo. Preparado para suceder o pai, Siddharta recebeu instrução refinada e aprendeu as artes da guerra, especialmente a do manejo do arco e da flecha. Aos 16 anos, casou-se com a prima Yasodhara, filha única do príncipe Suppabudda, com quem teve um filho, Rahula. Aos 29 anos, o jovem Siddharta começou a ter seus primeiros questionamentos sobre temas como a velhice, a dor, a morte e a superação do sofrimento mediante a contemplação – postulado que se tornaria uma das bases do budismo. Com os primeiros mestres, aprendeu meditação e ioga. Aos 30 anos, abandonou a corte, a esposa e o filho. Em uma aldeia chamada Senanigama, o ex-príncipe sujeitou-se durante seis anos a severas privações, conforme as práticas dos brâmanes (membros das mais altas castas hindus, que tradicionalmente se dedicavam ao sacerdócio). Nessa experiência, Siddartha teve a seu lado outros cinco monges, que se tornaram seus primeiros discípulos e membros da ordem monástica fundada por ele. A ordem cresceu rapidamente: em pouco tempo, um grupo de 55 jovens leigos se juntou aos monges. Siddharta rumou então para Gaya (mais tarde Buddha Gaya), no noroeste da Índia. Lá, segundo os escritos sagrados, aos 35 anos sentou-se sob uma árvore e alcançou o nirvana, estado que permite contemplar o ciclo da reencarnação universal e superar a dor. Dessa forma, atingiu a iluminação, tornando-se um modelo de perfeita virtude, ou seja, um buda. Não demorou para que seus seguidores se multiplicassem e saíssem pregando sua mensagem. Ele, por sua vez, seguiu em peregrinação, sempre conquistando novos discípulos. Ao visitar a família, converteu seus pais, a mulher, o filho e o primo Ananda, que se tornou seu principal apoio. Convidado a visitar o reino de Kossala, fundou em sua capital, Rajagaha, na região de Bihar, o famoso mosteiro de Jetavana, primeiro centro de irradiação do budismo para a Índia e os países próximos. Foi também em Rajagaha que o fundador do budismo, também conhecido pelo nome Sakyamuni (que quer dizer “o santo dos Sakya”), decidiu receber mulheres na ordem, como monjas. Até sua morte, em 483 a.C., em Kusinagara, Buda seguiu pregando ensinamentos filosóficos místico-humanitários e conquistando discípulos.
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PARA SABER MAIS
LIVROS
A Doutrina de Buda, de Siddartha Gautama
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Buda, Coleção Para Saber Mais – Superinteressante, de Caco de Paula
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