Na manhã do último sábado, 20 de agosto, o bispo de Crato, no interior do Ceará, dom Magnus Henrique, anunciou que a Igreja Católica permitiu o processo de beatificação do Padre Cícero Romão Batista. Em uma missa em celebração ao patriarca do Nordeste, assim como é chamado o sacerdote, o religioso divulgou a informação que, ainda, não foi confirmada publicamente pelo Vaticano.
Vaticano autoriza processo de beatificação de Padre Cícero, santo brasileiro
“Romeiros de todo Brasil, é com grande alegria, que vos comunicado, nesta manhã histórica, que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do santo padre, o papa Francisco, uma carta do Dicastério para as Causas dos Santos, datada do dia 24 de junho de 2022. Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do processo Cícero Romão Batista, que a partir de agora receberá o título de servo de Deus”, disse, durante o anúncio.
Na missa ao ar livre, os fiéis comemoraram a decisão da Igreja. Agora, é necessário comprovar um milagre de Padre Cícero para que ele torne beato. “Esperamos que Vossa Santidade, na hora oportuna, examine, com o coração de pai e como sucessor de Pedro, este pedido ora formulado, cuja resposta é o anseio dos milhões de devotos do Padre Cícero”, afirmou Dom Magnus Henrique Lopes, bispo da Diocese do Crato, no Ceará, ao fazer o pedido para Papa Francisco.
O Padre nasceu em 1844, em Crato, e morreu aos 90 anos, em 1934 em Juazeiro do Norte, também no Ceará. Na cidade, há uma conhecida estátua de 27 metros de altura em sua homenagem, destino de romarias. Ele é considerado um santo popular e foi celebrado ainda em vida.
O religioso ficou mundialmente conhecido como milagreiro após uma hóstia se transformar em sangue na boca de uma fiel. No entanto, o Vaticano não enxergou isso como um milagre e puniu o padre, que foi acusado de manipular a crença popular.