Dois estudos publicados em revistas científicas concluíram que a CoronaVac, o imunizante produzido pelo Butantan, também garante anticorpos aos bebês quando as mães ainda estão grávidas
Recentemente, dois estudos feitos em universidades conseguiram apontar que gestantes que se vacinaram com o imunizante CoronaVac, produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, conseguem transmitir anticorpos aos bebês.
Um desses estudos foi feito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em parceria com a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Nele, foi constatado que uma mãe havia sido vacinada na 34º (primeira dose) e na 37º (segunda dose) semana de gestação. O recém-nascido desenvolveu anticorpos contra o vírus.
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A pesquisa detalhou como os pesquisadores chegaram à conclusão dos resultados. Segundo o Butantan, as amostram do recém-nascido foram colhidas 24 horas após o nascimento.
“A imunidade passiva pode ter ocorrido por via transplacentária. Isso porque a transferência de imunoglobulina G (anticorpos do tipo IgG) da mãe para o feto começa no final do primeiro trimestre de gestação e aumenta ao longo da gravidez. A concentração continua a aumentar no terceiro trimestre, permitindo que as concentrações de anticorpos fetais excedam os níveis maternos em 20% a 30%”, explicaram.
A outra pesquisa foi feita na Turquia, pelo Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Istambul. No estudo, a mãe recebeu o imunizante na 28º e na 32º semana. Imediatamente, após o parto, os cientistas também comprovaram que o bebê também possuía anticorpos contra o vírus.
