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”Amor nas Ruas”: Artista lança série de vídeos com histórias de amor de casais em situação de rua

A obra de Heitor Werneck, ”Amor nas Ruas”, traz, de maneira sensível, histórias sobre moradores de rua e suas vidas amorosas

”Amor nas Ruas”: Artista lança série de vídeos com histórias de amor de casais em situação de rua – Fotos: André Giorg

Quando você pensa em histórias de amor, logo imagina aquelas idealizadas e adocicadas das comédias românticas? Pois, elas acontecem em todo lugar e são igualmente lindas!

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O produtor cultural e ativista social Heitor Werneck criou o projeto ‘Amor nas Ruas’ a partir de sua vivência pelas ruas de São Paulo. “Como eu faço ação social e vivo na rua, comecei a reparar as histórias de amor, fiz um estudo sobre o tema, mostrei ao Lucas e chamei a Sandra para viabilizarmos juntos o projeto”, explicou.

''Amor nas Ruas'': Artista lança série de vídeos com histórias de amor de casais em situação de rua
Foto: Crédito André Giorg

A partir destes estudos, Heitor Werneck, que atua junto a grupos LGBTQIA+ e a população em situação de vulnerabilidade, Lucas Mendes e Sandra Tiemi Yokota, ouviram e registram sete destas histórias e compuseram um painel emocionante de como estas pessoas superam suas dificuldades através do amor.

Existe Amor nas Ruas de SP, sim!

‘Amor nas Ruas’ retrata histórias vividas por casais que vivem às margens da sociedade, como prostitutas, travestis, gays, trans e lésbicas que, mesmo diante da miséria, se apaixonam e desenvolvem o afeto. Em meio ao caos e a luta pela dignidade da vida nas ruas da cidade de São Paulo, a série dá protagonismo e voz a esta população, cujos sentimentos são intensificados por sua situação.

''Amor nas Ruas'': Artista lança série de vídeos com histórias de amor de casais em situação de rua
Foto: Crédito André Giorg

Durante um ano, Heitor e Lucas conversaram e reuniram estas narrativas, tratadas individualmente, mas que também poderão ser vistas em sequência. No formato de uma exposição virtual em três linguagens – fotografia, vídeo e texto –, realizada com o patrocínio do Museu da Diversidade Sexual – o primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática –, e a APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte, e sob o nome de ‘Amor nas Ruas’, estas histórias podem ser vistas na página do MDS no Google Arts and Culture, a partir de 10 de dezembro.

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Werneck buscou inspiração no livro “Diário de um ladrão”, do escritor, poeta, dramaturgo e ativista francês Jean Genet, de 1949. Gay e filho de prostituta, Genet narra sua vida no período em que viveu pelas ruas de Paris e da Europa como ladrão e prostituto, experienciando a miséria, as traições, os roubos e o amor nas ruas. E como podemos ler na obra: “Lentamente me obriguei a considerar essa vida miserável como uma necessidade procurada… … Quis afirmá-la em sua mais exata sordidez, e os sinais mais sórdidos se tornaram para mim sinais de grandeza.”

''Amor nas Ruas'': Artista lança série de vídeos com histórias de amor de casais em situação de rua
Foto: Crédito André Giorg

“Mais de sete décadas se passaram e, independentemente da época, quando se trata de amor, as histórias se repetem. Aqui, nosso protagonista é o amor de casais LGBTQI+ sem teto que vivem nas ruas de São Paulo”, dizem os produtores.

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‘Amor nas Ruas’ prova que o amor é um sentimento universal e transformador na vida de todos os seres humanos, independentemente de sua condição social ou financeira.

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Participam do projeto os casais: Nicole e Vagner, Bruna e Carlito, Jacira Rodrigues e Edinéia Aparecida, Samara Paulo e Edivaldo dos Santos, Thiago e Mauricio, Maria Eduarda e Wanderson, Pérola e Gabriel. Saiba mais sobre eles aqui.

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Sobre o Museu da Diversidade Sexual

Primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática, o Museu da Diversidade Sexual foi criado em maio de 2012 e é uma instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Sua missão é preservar o patrimônio sócio, político e cultural da comunidade LGBTQIA+ brasileira através da coleta, organização e disponibilização pública de referenciais materiais e imateriais. As atividades culturais, educativas e expositivas do MDS têm foco nas orientações, identidades e expressões de gênero dissidentes.

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