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Dia da Felicidade: Servir é estar conectado!

Nesta sexta-feira (20) é o Dia Internacional da Felicidade. Porém, é preciso se conectar com as pessoas para alcançar a felicidade

Dia da Felicidade – Shutterstock
A socióloga Maria Aparecida de Moraes e Silva explica que o capitalismo trouxe consigo a ideia do lucro, do acúmulo material e acabou criando um processo de alienação em que o indivíduo se vê como ser separado da natureza, dos demais e também de si mesmo.
“Residem aí doenças da alma, do isolamento e outras patologias”, explica ela. “Antes, na Idade Média, as sociedades camponesas eram pautadas pela ajuda mútua, pelas relações estreitas, coesas. Não havia um ser isolado, mas pertencente a uma comunidade, que via o Universo como um todo orgânico.” Ao sentir que não está integrado com esse todo, o homem passa a confundir individualidade com individualismo. “Esse é um dos males de que padecemos.
Na busca de definir quem somos, para assim atuarmos no mundo, por vezes voltamos o olhar excessivamente para nós. Nos tornamos individualistas”, explica Renata. A questão é que nos construímos como pessoa justamente na relação
com o outro. “Em parte, é o outro que me diz quem sou e faz isso por meio da leitura das minhas atitudes. De acordo com a reação dele, posso compreender meus atos por outro ângulo.” Se depender da esfuziante dona Ivonete Soares da
Fonseca, a relação de troca está salva. Auxiliar de limpeza numa empresa de mídia, ela diz entender que no trabalho não dá para ficar de bate-papo. “Mas podemos falar quando nos encontramos no corredor, no banheiro e no elevador, seja dando um bom dia ou perguntando se está tudo bem ou como foi o fim de semana”, diz ela.
“O que falta às pessoas entenderem é que o nosso dia fica mais bonito quando tem um sorriso, um olho no olho ou um aperto de mão. Pode parecer pouco, mas faz toda a diferença”, diz dona Ivonete. A jornalista Nádia Simonelli diz que o grande diferencial da “tia”, como dona Ivonete é carinhosamente conhecida, é o fato de ela não ter esses bons modos somente por educação. “A postura dela é contagiante, desperta a vontade de fazer o mesmo com os colegas. Tem ainda mais valor quando eu paro para pensar que ela gasta quase duas horas de trem para chegar ao trabalho, exerce uma função desgastante para o corpo físico, mas mesmo assim está sempre sorrindo e se preocupa em saber se estamos bem. Ela é aquela sacudida que a vida nos dá, fazendo pensar se nossas irritações e cara feia são realmente necessárias.”

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