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Dia da Felicidade: Veja histórias de vidas e inspire-se

Nesta sexta-feira (20) é o Dia Internacional da Felicidade. As fontes entrevistadas disseram ser essa uma das nossas naturezas mais íntimas e os personagens que mostramos, comprovam isso

Dia da Delicidade – Shutterstock

Nesta sexta-feira (20) é o Dia Internacional da Felicidade. Em 2012, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a proposta de se instituir essa data enviada pelo governo do Butão – o país que ficou conhecido por ter criado a Felicidade Interna Bruta, em vez do conhecido Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a ONU, a felicidade é um objetivo humano fundamental. No ano passado, na edição de maio, BONS FLUIDOS publicou uma reportagem de capa – Ofereça Alegria – sobre o assunto, mais especificamente sobre a felicidade que sentimos quando servimos ao outro. As fontes entrevistadas disseram ser essa uma das nossas naturezas mais íntimas e os personagens que mostramos, comprovam isso. 

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Confira a reportagem e inspire-se!

Sabe aquele dia em que está se sentindo muito sozinho, triste, remoendo os problemas e, de repente, o telefone toca e é um amigo? Ele ouve o seu desabafo atenciosamente e oferece apoio. No momento seguinte, é você quem está dando ouvidos aos questionamentos dele e, nessa troca de atenção e afeto, aquela angústia inicial diminui ou até mesmo desaparece. Agora, lembre do dia em que sua ligação ajudou a aliviar a dor de quem estava do outro lado da linha. Ao desligar o telefone, sentiu paz? Amor? Alegria?

A terapeuta de casal e família Renata Machado diz que esses são alguns dos bons sentimentos que desabrocham em nós quando ajudamos ou recebemos ajuda. “Em primeiro lugar, porque deixamos de olhar somente para nós, superestimando ou ficando completamente apegados aos nossos problemas. O descentramento reduz o peso das coisas. Depois, há nesse intercâmbio uma gostosa comunhão de afeto, onde doamos amor e recebemos amor em troca, seja na forma de um sorriso ou de um agradecimento. E, por fim, porque faz bem ao homem sentir-se útil e estar amparado.” Para ela, estudiosa da Teoria do Apego, criada pelo psiquiatra inglês John Bowlby (1907-1990), pesquisador do desenvolvimento infantil, a própria biologia do nosso corpo entende que a vida depende de uma troca de cuidados. “Algo transmitido e ensinado desde o nas cimento, quando recebemos de alimento o carinho dos nossos pais. Como uma mãe, sentimos prazer em servir.” Essa teoria ainda postula que, se não fomos suficientemente cuidados na infância, podemos compreender a vida como devedora de algo. Daí mui tos assumirem uma postura de quem sempre espera ser servido. Felizmente, essa não é a regra.

Se pararmos para pensar, foi a disposição para ajudar o próximo a responsável pela sobrevivência da nossa espécie, pois somos seres gregários, vivemos em grupo, em união, em conjunto, e, se não fosse dessa forma, não existiríamos. É natural, portanto, vivenciarmos o bem-estar quando nos relacionamos com o outro. Para o cristianismo, há um fundamento muito maior que rege todas essas explicações. “Somos filhos de um único Pai, o Criador, Deus. Estamos conectados como irmãos, somos parte do todo. Essa é a fraternidade universal que São Francisco de Assis pregava”, explica o frei Djalmo Fuck, da Paróquia São Francisco de Assis, em São Paulo.

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“Se estamos nos sentindo só, desamparados, é porque, de alguma forma, nos desligamos dessa Unidade”, afirma o frei Djalmo. Esse sentimento é muito comum dentro dos hospitais. A enfermeira Clodine Pepes, especialista em lesões de pele, percebe isso diariamente nos pacientes. “Normalmente, as feridas têm odor forte, demoram para fechar e isso fere a autoestima. Eles começam a sentir vergonha de si mesmos e se afastaram das pessoas”, diz. Quando ela identificou essa solidão, algo nela própria mudou. “Percebi a fragilidade humano numa outra dimensão e, desde então, nunca mais tive sossego enquanto não vi meus pacientes curados não só fisicamente mas emocionalmente também. Eu faço de tudo para eles não sentirem que estão só”.

A dona de casa Cleide Brandão foi uma de suas pacientes depois de uma complicação cirúrgica deixou um grande machucado na pele dela. “Clodine me deu tanto carinho, incentivo, vibrava tanto quando cada milímetro imperceptível da pele se fechava, que isso não me deixou cair em uma depressão profunda”.

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