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O retorno de Saturno

A cada 30 anos, a influência desse planeta ressurge com força. Ao contrário do que se imagina, no entanto, essa pode ser uma chance de prosperar

Oscar Quiroga, astrólogo – CARAS Digital

A astrologia é o estudo dos ciclos de tempo e de seus significados práticos e outorga uma visão sobre o movimento de evolução da consciência, particularmente da humana. 

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O mapa astral é uma espécie de relógio complexo, com diversos ponteiros – os planetas – que marcam diferentes ciclos, superpondo-se uns aos outros, tornando, por isso, a interpretação astrológica um ofício que requer visão abrangente e detalhada ao mesmo tempo. Ou seja, não é para amadores. Quando se opina sobre a astrologia com superficialidade, as leituras ficam sujeitas a simplificações impertinentes. Um exemplo claro a esse respeito é o tratamento concedido a Saturno, um dos importantes ponteiros desse relógio. 
Considerar a leitura do significado de Saturno uma influência maléfica e limitante é enxergá-lo de uma maneira rasa, pois, se observarmos bem, verificaremos que todos os contatos cíclicos que esse planeta faz são acompanhados de oportunidades de prosperar. 
O retorno de Saturno, especialmente, é uma evidência nesse sentido. Trata-se do momento da vida em que esse planeta volta ao mesmo lugar em que estava localizado na hora do nascimento, fato que ocorre entre os 29 e 30 anos pela primeira vez, e entre os 58 e 59 pela segunda. A terceira vez ocorre para os privilegiados que alcançam os 90 anos. 
Para quem já ultrapassou o primeiro retorno de Saturno ficará evidente o quanto nessa idade houve um impulso da vida e dos acontecimentos para que se fizesse mover aquilo que em cada pessoa significa a prosperidade. Algo que não é necessariamente e exclusivamente material, pois, apesar de esse florescimento também estar envolvido, em muitos casos o êxito vem mais em conhecimento, pela produção intelectual; no desejo, por iniciar uma vida de empreendedorismo.
Algumas poucas pessoas experimentam ainda, no retorno de Saturno, um chamado à espiritualidade e se consagram a essa. Porém, isso é raro em nossa época. 
Como somos humanos e temos de fazer tudo por obra e graça do livre-arbítrio – e ainda por cima somos bastante dispersos –, chegamos à idade do primeiro retorno de Saturno sem termos focado muito bem no que precisamos fazer em nossa existência. Em sua volta, Saturno vem nos colocar frente a frente com obrigações que, se descumpridas, tornariam nossa existência muito fútil e fora do eixo. O planeta vai atuar como um professor que submete o aluno a uma espécie de teste para averiguar os conhecimentos. Toda evolução, afinal, precisa de um bom alicerce. Ninguém vai virar engenheiro se não souber cálculo, certo? Assim é que Saturno nos avisa, com a severidade de um pai, que não seria bom fugir de nossas obrigações, pois elas são nosso caminho de prosperidade. 
Quanto mais insistirmos em nos desviar do caminho, mais e mais Saturno será limitante. Não porque seja uma entidade punitiva, mas porque é o ciclo cósmico que nos protege contra o excesso de frivolidade com que, em muitos casos, tratamos nossa vida.