Carrapato de cachorro pega em humano? Especialistas explicam
De acordo com profissionais, esses parasitas podem transmitir doenças não apenas para os animais, mas para as pessoas

De acordo com profissionais, esses parasitas podem transmitir doenças não apenas para os animais, mas para as pessoas
Para a maioria das pessoas, quando falamos de carrapato, a primeira preocupação é com os pets. Este pensamento se justifica pelo fato de os parasitas afetarem, principalmente, os animais. Entretanto, de acordo com especialistas, eles também se alojam e picam humanos, causando doenças que podem levar ao óbito, como a febre maculosa.
O Amblyomma cajennense, também conhecido como carrapato-estrela ou de cavalo, e o Rhipicephalus sanguineus são os mais comuns. Este último, chamado de carrapato-marrom, está mais presente nas áreas urbanas – em parques ou regiões com muita vegetação -, enquanto o primeiro costuma aparecer no ambiente rural.
Embora seja mais comum em fazendas, o Amblyomma ganhou destaque em todo o Brasil devido ao aumento dos casos de febre maculosa. Isso porque o parasita é responsável por transmitir a doença, que já atingiu mais de três mil brasileiros em um período de 17 anos. É importante ressaltar que a contaminação ocorre através da picada, tanto no caso dos animais, como dos humanos.
Segundo profissionais, para infectar uma pessoa, o carrapato portador da bactéria Rickettsia rickettsii deve permanecer fixado à pele por, pelo menos, quatro, e, no máximo, até 12 horas. Como o aracnídeo filhote se assemelha a uma pinta, inicialmente, ele pode passar despercebido. No entanto, após a picada, a região irá apresentar coceira, irritação, vermelhidão e inchaço. Além disso, desencadeia outras enfermidades, como a Doença de Lyme, a babesiose e a erliquiose.
Por isso, caso identifique esses sintomas, é necessário passar por avaliação médica e levar o pet ao veterinário. Ademais, segundo os especialistas, os parasitas se alojam em roupas, sapatos e móveis. Desta forma, é importante apostar na limpeza adequada no ambiente. Eles ressaltam ainda que não são apenas os carrapatos que podem afetar os humanos, como também as pulgas.
“Em nós, os parasitas menores também podem causar dermatite alérgica, verminose e doenças graves, como a peste bubônica, transmitida por pulgas de ratos contaminadas por uma bactéria”, alertou a médica-veterinária, Jade Petronilho, ao ‘Estadão‘.
Assim, como uma forma de se proteger, os especialistas sugerem investir em métodos de prevenção. Para os animais, eles indicam o uso de coleiras antiparasitárias, shampoos e comprimidos palatáveis de ação de 30 a 90 dias, mas somente após recomendação médica. Já para os humanos, há outras táticas, como usar repelentes, optar por roupas com mangas ou calças durante o passeio, além de evitar áreas com mato alto.