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Há muita luz na escuridão

De olhos vendados, nossos sentidos se afloram transformando um simples encontro à mesa em uma vivência profunda, sensorial e também humana

Há muita luz na escuridão – Rodrigo Schmidt

Ouvir o derramar das bebidas nas taças diante de nós e perceber a troca de pratos ao som de fl auta e poesia, sem visão, é lúdico, misterioso. Não se distingue o que é servido sem sentir cheiro, textura e sabor – cada vez mais perceptíveis ao longo de um jantar na escuridão. Basta cobrir os olhos para tudo fi car mais aguçado. “Trabalhar com sentidos é revelar potenciais adormecidos que todos têm”, diz Maria Lyra, uma das criadoras do Ateliê No Escuro, empresa especializada em eventos sensoriais. Há dez anos, Maria e Elis Feldman participaram de um jantar às cegas em Paris e voltaram extasiadas ao Brasil. Uniram-se a Gabriela Pistelli e Janaína Audi e, juntas, passaram a criar vários formatos de workshops e jantares no escuro. “A ideia é trocar a zona de conforto por um mergulho no desconhecido”, conta Maria. Segundo ela, por hábito, muitas pessoas se acomodam com a visão e deixam de perceber sensações. “Tirar a visão amplia a consciência e abre espaço para outras formas de estar em contato com o mundo e consigo mesmo”, refl ete. Na experiência, onde até o silêncio se torna fi o condutor, preconceitos são repensados – despertando, assim, novas formas de agir e de se relacionar com o próprio corpo, com o outro e com tudo ao redor. 

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ATELIÊ NO ESCURO

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