Estudos revelam que novo exame é capaz de diagnosticar a demência em nove anos antes dos primeiros sintomas

Feito em seis minutos, o teste foi efetivo em 80% dos diagnósticos e conseguiu prever o desenvolvimento da doença quase uma década antes; entenda mais

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Exame é capaz de diagnosticar a demência com nove anos de antecedência – Canva Pro/pixelshot

A demência é uma doença que preocupa diversas pessoas, pois o sofrimento que causa acaba afetando a vítima, assim como os familiares e amigos dela. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que são 55 milhões de pacientes em todo o mundo. O número deve saltar mais de 150% até 2050, chegando a 139 milhões de pessoas.

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Agora, imagina se fosse possível de diagnosticá-la e tratá-la muito antes dos sintomas se desenvolverem. Segundo um novo estudo, publicado na revista científica Nature Mental Health, isso está se tornando realidade.

Como funciona?

Os pesquisadores do Centro de Neurologia Preventiva da Universidade de Queen Mary e da Universidade de Londres criaram um teste que é capaz de adiantar até quase uma década antes os diagnósticos. Tudo é feito em apenas seis minutos e com um exame de imagem de ressonância magnética cerebral.

Os especialistas britânicos testaram mais de 1,1 mil pessoas que participam de um banco de dados de saúde do Reino Unido. Desses, 103 já tinham a doença, outra parte deste público desenvolveu o mal nos anos seguintes e 1.030 eram indivíduos saudáveis, usados para comparação. O exame conseguiu prever com mais de 80% de precisão.

Para chegar à conclusão, eles analisaram as alterações na rede de modo padrão do cérebro (DMN) e a área responsável pelas funções cognitivas específicas, que é a primeira rede neural afetada pelo Alzheimer. Segundo o autor do trabalho, Samuel Ereira, são exames fáceis. “A ressonância é uma ferramenta de imagem médica não invasiva e leva cerca de seis minutos para coletar os dados necessários em um scanner de ressonância magnética, portanto, pode ser integrada aos caminhos de diagnóstico existentes, especialmente onde a ressonância magnética já é usada”.

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Os tratamentos ainda são limitados e não são capazes de interromper a degeneração do cérebro, mas os cientistas buscam, cada vez mais, formas de tratar e identificar a doença.

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