Geriatra Dra. Daniela Gomez respondeu algumas questões que rodeiam o Alzheimer, doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais
A data de 21 de setembro marca o Dia Nacional de Conscientização do Alzheimer, doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais, geralmente de pessoas com mais de 65 anos – quando o diagnóstico se torna mais frente.
Hoje, nós da Bons Fluidos conversamos com a geriatra do SBA Residencial Dra. Daniela Gomez, que respondeu algumas questões sobre o Alzheimer, doença de causa desconhecida e forma mais comum de demência neurodegenerativa em idosos. Saiba mais sobre a condição.
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Os primeiros sinais da doença de Alzheimer estão relacionados à perda de memória. Geralmente, as pessoas acometidas pela doença apresentam dificuldades para lembrar de compromissos, eventos e fatos ocorridos recentemente, assim como apresentam dificuldades em aprender novas informações. A medida que a doença progride, o paciente começa a esquecer onde guardou objetos e ter dificuldades com a execução de tarefas cotidianas.
Existe um componente genético de risco para o diagnóstico do Alzheimer, mas isso não significa que é passado de pais para filhos. Pessoas com parentes de primeiro grau com a doença tem um risco aproximadamente duas vezes maior de desenvolver a doença do que a população em geral.
Após o relato do paciente ou de seu familiar de perda de memória, são realizados uma série de testes cognitivos com intuito de diagnosticar um declínio cognitivo e descartar outros quadros que podem ser confundidos com Alzheimer, entre eles, a depressão. Após definido que se trata de uma síndrome demencial, são realizados exames laboratoriais e de neuroimagem para definição do diagnóstico.
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É muito importante a participação da família durante toda a evolução da doença. É fundamental que eles adquiram conhecimento e orientação para facilitar a comunicação com a pessoa com demência, modificar o ambiente de forma a preservar a autonomia e independência do paciente e evitar situações que desencadeiem gatilhos para alterações comportamentais. Os familiares também podem ajudar a estimular a memória, com jogos, leituras, ou, se possível, com estimulação cognitiva através de terapeuta ocupacional ou neuropsicólogia.
O tratamento precoce retarda a evolução da doença. Por isso, é importante que, caso apresente problemas de memória, procure um médico para auxiliá-lo.
Fumar, baixa escolaridade, obesidade, tabagismo, sedentarismo, perda auditiva e isolamento social são fatores de risco para o desenvolvimento da doença, assim como não controlar adequadamente doenças crônicas, como HAS e diabetes.
