Neste Dia do Trabalho, desça do salto para falarmos sobre o uso excessivo do acessório

Pode ser que, ao ver esse título, você tenha pensado: “Mas eu vou usar o que para trabalhar?”, calma, nesta matéria, nenhum profissional indica você guardar seu sapato no armário e nunca mais usá-lo; entenda

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Talvez, você tenha pensado: “Mas eu vou usar o que para trabalhar?”, calma, nesta matéria, nenhum profissional indica você guardar o salto – Pexels/David Kouakou

Pode ser que, ao ver esse título, você tenha pensado: “Mas eu vou usar o que para trabalhar?”. Calma, nesta matéria, nenhum profissional indica você guardar seu salto no armário e nunca mais usá-lo. A partir de agora, você se conscientizará sobre os riscos do uso excessivo do acessório e aprenderá algumas dicas. Confira:

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Quais os riscos do uso excessivo de salto?

O uso do salto pode se tornar um risco. Isso porque “a pressão aplicada nas articulações, devido à elevação do calcanhar e à compensação do desequilíbrio causado pelo salto alto, tende a provocar lesões na coluna. Esta, por sua vez, tem sua anatomia sobrecarregada pela mudança na mecânica do caminhar. Devido à alteração do centro de gravidade ao marchar com o calçado, há uma modificação considerável na forma como o peso corporal se distribui, e a carga impacta as articulações, podendo resultar em desgastes e inflamações, explica o ortopedista, Dr. Luciano Miller.

Impactos no corpo

Ademais, quando há essa elevação, a mulher acaba fazendo reajustes na coluna para manter o equilíbrio. Dessa forma, isso tende a prejudicar a anatomia das costas, causando desconfortos na lombar, no quadril e na cervical. “Ao longo dos anos, o uso excessivo pode agravar condições já predispostas a acometerem a coluna vertebral, como hérnia de disco lombar, lombalgia, escoliose, sobrecarga nas articulações da coluna, ou evoluir para quadros de artrose. E outras partes do corpo também podem sofrer as consequências, como pés, panturrilha, joelho e joanete”, alerta.

Como evitar as consequências do salto?

Para evitar essas situações incômodas, o também especialista em cirurgia da coluna deu algumas dicas:

  • Conforto em primeiro lugar: “Se o uso do salto alto for essencial para a situação, leve outro par de sapatos mais confortáveis para alternar de tempos em tempos e permitir que os pés e a coluna tenham um período de descanso”;
  • Tamanho: “Evite usar saltos maiores que 5 cm de altura”;
  • Tempo: “Não utilize salto alto por muitas horas seguidas”;
  • Modelos: “Busque modelos mais confortáveis e acolchoados, além de saltos de base larga e nada de bico fino”.

Formas para remediar

Se já houver danos causados pelo salto, não se desespere, o profissional afirma que há formas de remediar. “O acompanhamento com um médico ortopedista e especialista em coluna é o caminho para a avaliação das queixas e o diagnóstico adequado das lesões. A partir desse momento, os devidos procedimentos serão realizados para lidar com as dores. Porém, é importante que os sinais de incômodo na coluna não sejam ignorados, pois, com isso, é possível evitar que alguma complicação evolua para algo mais grave”, conclui.

*Texto feito em parceria com Rojas Comunicação

Editora e repórter da Bons Fluidos. A jornalista já passou pelo Estadão, Band e AnaMaria Digital