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Lições de beleza

Conhecida pelos cosméticos frescos, pelo uso quase nulo de embalagens e pelo respeito aos animais, a marca inglesa Lush conquista o público que se preocupa com o planeta

Renata Pagliarussi – Divulgação
1- A Lush é uma empresa 100% vegetariana, e cerca de 80% dos produtos são veganos. Que ítens ainda são de origem animal?
Ovo, iogurte, mel, cera de abelha e lanolina. Todos eles trazem diversos benefícios para a pele e para o cabelo, porém é possível obtê-los sem nenhum envolvimento com crueldade animal. Trabalhamos somente com fornecedores certificados e fazemos visitas periódicas para averiguar que o respeito aos animais é cumprido. E garantimos alternativas veganas em todas as categorias de produtos.
2- Quais são as implicações de trabalhar com ingredientes naturais e frescos?
Por um lado, o consumidor deve usá-los em um espaço menor de tempo, em vez de deixá-los no armário. Isso faz com que o cliente compre apenas o que vai de fato usar, o que é maravilhoso para o meio ambiente. Por outro, tanto a loja quanto a fábrica devem ajustar suas previsões de vendas e produção para que não haja desperdício. Devido à perecibilidade dos produtos, essa logística é desafiadora, mas muito gratificante.

3- Por que alguns sabonetes da Lush não têm embalagem?
Os chamados produtos “pelados” são os itens sólidos que ficam expostos nas lojas sem embalagem. Após a venda, são embrulhados em papéis facilmente reciclados para que o cliente os leve para casa. Esses produtos não levam água na composição, o que diminui o risco de contaminação e faz com que eles sejam autoconservantes,
ou seja, que dispensem conservantes sintéticos uma vez que seus próprios ingredientes preservam suas
condições originais.

RENATA PAGLIARUSSI formou-se em bioquímica antes de se especializar em gestão de projetos. Há mais de cinco anos dirige o braço brasileiro da Lush, que emplacou o programa Charity Pot. O valor do hidratante, descontados os impostos, é direcionado para projetos sociais. A marca ainda fomenta o
prêmio Lush Prize, de combate aos testes em animais – 22 países já foram agraciados com £ 1,2 milhão.

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