No alto de uma colina, os 12 profetas em pedra-sabão esculpidos por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), mestre do barroco brasileiro,
guardam a escadaria da Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, localizada
em Congonhas, a 83 km de Belo Horizonte. Desde dezembro, as imagens
também dão as boas-vindas a quem chega ao Museu de Congonhas, mais
novo braço do santuário construído entre 1757 e o começo do século XIX.
Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco desde 1985, o sítio histórico ficou
ainda mais belo após a inauguração do edifício vizinho. A construção de linhas
retas e paredes caiadas, assentada sobre uma base feita com pedras da região, leva a
assinatura do escritório GPA&A, liderado pelo arquiteto mineiro Gustavo Penna.
“O museu usa o caminho da gentileza, da reverência, da consciência e do respeito
pelo Santuário”, descreve Penna.
Lá dentro – assim como do lado de fora – devoção e arte são indissociáveis.
Atrás de vitrines bem iluminadas, o visitante encontra esculturas de santos e anjos,
coleções de objetos de religiosidade popular, ex-votos – artefatos oferecidos
em agradecimento por graças alcançadas – e cópias físicas e digitais de obras
de Aleijadinho. Depois do passeio, vale apreciar o espelho d’água localizado na
parte externa, que, das alturas, reflete o céu e o horizonte das Minas Gerais.
MUSEU DE CONGONHAS
Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, s/n, Congonhas
De terça a domingo, das 9h às 17h; e quartas, das 13h às 21h. Ingressos: R$ 10
Informações: (31) 3731-3056 |
museudecongonhas.org.br