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Consumir mais doces no inverno pode causar danos no organismo

De olho na sua saúde! Confira o que especialistas dizem sobre as consequências co consumo excessivo de doces durante essa época do ano

Consumir mais doces no inverno pode causar danos no organismo
Consumir mais doces no inverno pode causar danos no organismo – Foto de Leah Kelley no Pexels

Você sabia que há uma explicação científica de por que as pessoas tendem a comer alimentos mais doces e calóricos no inverno? “Qualquer diferença de temperatura, capaz de reduzir a temperatura corporal, será suficiente para que o sistema nervoso autônomo libere substâncias e estimule reações para que o organismo mantenha a temperatura equilibrada, ao redor de 36,5°C. Tendemos a sentir mais fome quando esfria, mas devemos ter atenção redobrada para não haver aumento no consumo de doces”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez.

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Abaixo, especialistas destacam 7 danos, entre aqueles que são perceptíveis e os que são silenciosos, do consumo excessivo do açúcar:

Doenças metabólicas, renais e câncer: obesidade e diabetes são dois dos problemas metabólicos que surgem por consequência de alimentação rica em açúcar, principalmente de doces. O carboidrato em excesso também pode favorecer o surgimento de câncer.

Envelhecimento acelerado da pele e do cabelo: alimentação e pele formam uma relação muito interessante, uma vez que o padrão alimentar pode acelerar ou ajudar a tratar o processo de envelhecimento, segundo a Dra. Mônica Aribi, dermatologista.

“A ingestão de açúcar em excesso na dieta colabora para um processo de glicação, que é quando as fibras de colágeno e elastina endurecem por reagirem com esses açúcares. Com isso, a pele perde flexibilidade e sustentação. O açúcar também está ligado ao aparecimento de manchas”, explica.

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Fadiga e exaustão: o excesso de açúcar na dieta faz as mitocôndrias, organelas centrais da célula responsáveis pela produção de energia, perderem eficiência e reduzindo a produção de energia, segundo a Dra. Marcella. “A hiperglicemia (elevado nível de glicose no sangue) afeta mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Em nível celular, o estudo enfatizou que o açúcar em demasia na dieta afeta a integridade da mitocôndria, considerada o pulmão celular. Com isso, os eventos metabólicos iniciais como fadiga e cansaço podem ser indicativos do desenvolvimento do diabetes”, diz a médica nutróloga.

Problemas circulatórios: o açúcar em excesso pode ser amargo para o coração. Além de estar relacionado com a obesidade e com a diabetes mellitus, ele também é um grande vilão para o aumento de colesterol. O açúcar pode favorecer o aparecimento de problemas cardiovasculares, causando, por exemplo, o espessamento e o acúmulo de placas de gordura dentro da parede das artérias, com consequente obstrução desses vasos.

Prejudica a saúde oral: o açúcar é um dos grandes vilões da saúde oral. “Um dos principais problemas nesse sentido é a formação de cáries, que ocorre quando as bactérias da boca metabolizam o açúcar que consumimos […] Além disso, o açúcar também favorece o acúmulo de placa bacteriana que, quando não removida adequadamente, também pode ocasionar gengivite e mau hálito”, alerta o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista.

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Problemas de fertilidade e da saúde gestacional: além de favorecer a obesidade, o que prejudica a qualidade e a quantidade dos espermas e o processo de ovulação, a ingestão de açúcar, por si só, já reduz as chances de um casal engravidar. O consumo excessivo de açúcar pode levar a um processo inflamatório com consequente risco de estresse oxidativo, o que pode lesar o DNA de células germinativas.

Logo, o segredo para não prejudicar a saúde é apostar na moderação, reduzindo o consumo de açúcar a, no máximo, uma colher de sopa do ingrediente por dia.

Como é muito difícil reduzir de tal forma a ingestão de açúcar, até porque a maioria dos alimentos contém alguma forma da substância em sua composição, a recomendação é adotar medidas que podem ser tomadas para reduzir os danos causados pelo açúcar. “Por exemplo, existem nutrientes como fibras, gorduras boas e proteínas que se forem ingeridos juntos com carboidratos refinados, doces e açúcares, reduzem a velocidade de digestão e absorção do açúcar no sangue, diminuindo o índice glicêmico e fazendo com que não os níveis de glicose e insulina circulantes não aumentem tão rápido”, afirma a Dra. Marcella.

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