Como a arte ajuda a controlar o estresse? Confira o que dizem os especialistas

Entenda como o ofício criativo pode ajudar a saúde mental do ser humano e a se recompor emocionalmente

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Quais são os benefícios da prática artística? Entenda como a arte contribui para a saúde mental e redução do estresse – Reprodução: Canva/Alexthq

Você sabia que a arte pode contribuir significativamente para a saúde mental? Um novo estudo, publicado pela revista Art Therapy, revelou que pessoas, que dedicam parte do dia à criação artística, apresentam níveis mais baixos de cortisol – que trata-se do hormônio relacionado ao estresse.

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Produzido pelas glândulas suprarrenais, o cortisol é conhecido como o “hormônio do estresse”, e desempenha um papel crucial em diversas funções do organismo, como o controle de inflamações e a regulação do metabolismo da glicose. Normalmente, libera-se quando o corpo precisa estar em estado de alerta, priorizando funções essenciais e diminuindo outras menos “urgentes”. Apesar de fundamental, quando liberado em alta quantidade, também pode trazer prejuízos para o ser humano.

O que diz a pesquisa?

A pesquisa em questão foi conduzida por Girija Kaimal, chefe do Departamento de Terapias Artísticas Criativas da Universidade Drexel, na Filadélfia. Realizou-se um estudo com 39 voluntários entre 18 e 59 anos, que tiveram amostras de salivas coletadas antes e depois de uma sessão de 45 minutos produzindo arte. O resultado não deixou dúvidas: 75% dos participantes apresentaram queda nos níveis de cortisol após a atividade. Além disso, muitos relataram que se sentiram mais calmos e menos ansiosos.

Em 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como o país mais ansioso do mundo. Atualmente, cerca de 9,3% da população sofrendo da patologia. Neste contexto, a arte surge como uma aliada poderosa na prevenção e enfrentamento de transtornos.

Como investir na arte?

Em entrevista ao jornal O Globo, o psicanalista Artur Costa destacou a importância da arte para a saúde mental do ser humano. Pode-se, segundo ele, adaptar a prática individual ou em grupo a diferentes contextos. Por fim, iniciantes podem optar por alguns caminhos, como: pintura (seja com tinta, lápis, tela ou no papel, auxiliando na redução da ansiedade), modelagem (como argila, cerâmica ou massinhas, que ajudam no trabalho do foco no presente), colagem (que contribui com a organização e a criatividade) ou música (que estimula a expressão emocional).