Conheça os papéis emocionais que sabotam os relacionamentos e como lidar com eles

De acordo com a terapeuta Lari Pedrosa, para que uma relação seja saudável, é fundamental que cada indivíduo reconheça sua posição dentro dela

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De acordo com a terapeuta Lari Pedrosa, para manter relacionamentos saudáveis, é fundamental que cada indivíduo reconheça sua posição – Pexels/Min An

Por vezes, iniciamos relacionamentos sem analisar profundamente o que passamos em relações anteriores. Por isso, dificilmente sabemos como lidar com os novos, o que evitar e no que investir. Essa falta de compreensão faz com que enfrentemos situações semelhantes mais de uma vez, além de tornar as interações mais penosas. De acordo com a terapeuta e escritora Lari Pedrosa, uma forma de garantir vínculos benéficos e duradouros é identificar os papéis emocionais que podem impactá-los e saber como agir diante deles.

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Nos relacionamentos, preze pelo respeito

Para a especialista, é importante, antes de tudo, entender que cada pessoa tem suas particularidades. Isso faz com que interpretem e reajam de formas distintas. Ela ressalta que homens e mulheres se divergem psicológica, biológica e historicamente. Dessa forma, o crucial é compreender e respeitar essas diferenças, sempre mantendo todos a pé de igualdade, pois não há ninguém superior dentro de uma relação.

Além desta percepção, devemos ter em mente, que muitos receios dos relacionamentos advém de conflitos que antecedem o casal. Segundo a terapeuta, esses medos podem ter se originado com os pais ou parceiros passados. Muitas vezes, eles aparecem sutilmente e ainda há a possibilidade de a pessoa impactada não localizar suas raízes, o que dificulta o diálogo e a compaixão.

“Às vezes, o que parece birra ou uma certa imaturidade emocional por parte deles é apenas a dor tentando se expressar, mesmo que de forma confusa, desajeitada ou desconectada”, explica

Nessas situações, a profissional orienta compreender que, apesar de respingar, o problema não começou com você. Por este motivo, não é sua responsabilidade saná-lo, mas sim dar apoio. “Respeite a ordem saudável da relação e não tente curar o que não é seu, nem se culpar. Isso permite que as trocas fiquem cada vez mais equilibradas”, afirma.

Tente cuidar, não salvar

Falando diretamente com as mulheres, outra dica de Pedrosa é evitar sair do lugar de namorada ou esposa para se tornar mãe do parceiro. De acordo com a especialista, esse comportamento, comumente visto nas relações, é um dos principais responsáveis por miná-las. Ela aponta que, neste caso, também é necessário recorrer à reflexão, a fim de entender como o hábito surgiu e possíveis maneiras de preveni-lo.

“Pode ser que, no fundo, ainda esteja tentando corrigir algo que não deu certo com o seu próprio pai. Esse impulso de querer transformar o companheiro pode estar ligado à dor daquela menininha que não conseguiu mudar a figura paterna para que ele a visse, a escutasse, a amasse ou ficasse”, detalha

Assim, depois da análise, a escritora recomenda deixar de correr para salvar o parceiro ou ensiná-lo como agir, optando por dar espaço para que ele possa encontrar uma saída por si mesmo. “Quando o namorado ou esposo estiver agindo de forma imatura, em vez de entrar na cena e se contaminar com essa dinâmica, siga a sua vida com leveza. Não é frieza, é saúde emocional”, conclui

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