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Avanço da ciência: pesquisadores brasileiros identificam molécula que pode inibir proteína ligada ao aumento do câncer

UAU! A molécula descoberta e estudada pelos cientistas é capaz de inibir a MPS1, proteína ligada ao crescimento de tumores

Pesquisadores brasileiros identificam molécula que pode inibir proteína ligada ao aumento do câncer – Pexels / @Pixabay

Publicado no periódico Journal of Medicinal Chemistry, um estudo feito por cientistas brasileiros (pesquisadores da Unicamp) e alemães identificou uma molécula responsável por inibir o crescimento do câncer, doença que acomete cerca de 625 mil brasileiros por ano, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). A molécula descoberta e estudada pelos pesquisadores consegue inibir a proteína MPS1, muito envolvida no aumento de tumores.

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Pesquisadores brasileiros identificam molécula que pode inibir proteína ligada ao aumento do câncer

A proteína MPS1 pertence à classe das quinases, desempenhando um papel crítico no controle da divisão celular. Quando expressada em excesso, ela se associa a aparecimento de tumores. Por isso, os pesquisadores procuram a molécula capaz de inibir a ação dessa proteína. No estudo, os cientistas testaram uma capaz de se ligar de forma covalente à MPS1.

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Em informações divulgadas pela Unicamp, Rafael Couñago, um dos autores do estudo, explicou como eles estudaram a molécula. “De maneira geral, os compostos se ligam a proteínas-alvo de forma reversível, em equilíbrio dinâmico. A modificação que fizemos nesse composto faz com que ele se ligue de maneira definitiva e isso traz vantagem para o desenvolvimento de um novo medicamento, pois há um prolongamento da ação inibitória na proteína.”

“Isto é favorável em termos de seletividade e potência quando se desenvolve uma molécula inibidora com potencial terapêutico, pois reduz-se em muito a chance de a nossa molécula se ligar a outras quinases. Trabalhamos bastante para poder comprovar que havia uma ligação covalente entre composto e alvo. Estar em um centro multidisciplinar capaz de desenvolver o ensaio enzimático, a espectrometria de massa e a cristalografia de raio-X ajudou muito a acelerar este processo”, explicou Couñago.

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