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‘Brothers’ de BBB 23 levam bronca por uso exagerado de cigarro: 7 danos causados pelo tabagismo

Diretor do programa, Boninho comunicou os participantes do reality que desaprova o uso exagerado do cigarro; conheça as consequências

'Brothers' de BBB 23 levam bronca por uso exagerado de cigarro: 7 danos causados pelo tabagismo
‘Brothers’ de BBB 23 levam bronca por uso exagerado de cigarro: 7 danos causados pelo tabagismo – Reprodução/TV Globo

Nesta última quinta-feira, 19, o diretor do Big Brother Brasil, Boninho, enviou um recado importante aos participantes do programa, que está em sua 23ª edição. Em áudio, Boninho falou que desaprova o uso do cigarro e que o melhor exemplo que os “brothers” podem dar parar de fumar.

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“Atenção, senhores. Nós não gostamos de fumantes e temos muitos na casa. Então, nós vamos reorganizar, pois vocês estão fumando demais. Fica proibido terminantemente a entrada do cigarro mesmo apagado dentro de casa. Fica proibido usar cigarro na orelhinha, porque orelha não fuma. Quando tiverem fumando é no lado de fora, como sempre e por favor, devolvam as caixinhas que facilitam a vida de vocês e o cigarro ficará somente na caixa”, disse.

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O cigarro é um dos vilões mais drásticos para a saúde. Apesar de ser ligado a problemas no pulmão e no cérebro, seus riscos vão muito além e podem causar diversos danos ao organismo, principalmente para o metabolismo, pele, cabelo, sistema reprodutivo, coração, rim e circulação periférica.

É fato que o Big Brother Brasil é um dos programas mais assistidos do país. Também é inegável que o estilo e atitudes, como fumar, dos participantes seja de grande influência para o público, principalmente aos mais novos. Reunimos um time de especialistas para explicar como o cigarro afeta as estruturas e o funcionamento do organismo.

7 danos causados pelo cigarro

1. Problemas de absorção de nutrientes

O hábito de fumar influencia até mesmo nos aspectos nutricionais do organismo. “Por atuar no sistema nervoso central, o cigarro causa uma diminuição do apetite, pois afeta a atividade de neurotransmissores, responsáveis pelo controle da fome, além de alterar o paladar e o olfato, reduzindo o gosto e o aroma dos alimentos”, diz a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez.

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“Além disso, o cigarro promove um efeito termogênico, acelerando o metabolismo, o que leva ao emagrecimento e reduz a oxigenação dos tecidos do organismo, que causa envelhecimento precoce e acelerado”, alerta a especialista, que também é diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

2. Envelhecimento da pele e complicações após tratamentos estéticos

“Uma pessoa fumante ingere diversas substâncias nocivas que entram na corrente sanguínea, dificultando a oxigenação do sangue. O tabagista vive em uma condição de ar rarefeito constante devido à pequena quantidade de oxigênio circulante no sangue. A boa oxigenação dos tecidos é responsável pela manutenção das suas funções de maneira adequada”, explica a Dra. Cintia Guedes, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A especialista continua: “A pele, por ser um tecido que se renova constantemente, precisa de um aporte sanguíneo intenso. Se a circulação é prejudicada, a pele e suas funções também são afetadas. Como resultado, a pele fica mais seca, mais propensa ao aparecimento de rugas (principalmente o famoso código de barras devido à constante aspiração do cigarro) e adquire uma coloração amarelada. A produção de colágeno também é prejudicada, resultando em maior flacidez”.

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O tabagismo também é extremamente prejudicial, por exemplo, para aqueles que se submeteram ou ainda vão passar por procedimentos estéticos e cirurgias. “Existe uma maior incidência de complicações cirúrgicas em pacientes tabagistas devido à vasoconstrição causada pelo cigarro, incluindo trombose pulmonar, infecção, hematoma, necrose de tecidos e problemas com qualidade de cicatriz”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery).

“Alguns estudos apontam um aumento de até quatro vezes o número de complicações e intercorrências em decorrência do tabagismo, tanto no aparelho respiratório como risco de necroses e dificuldade de cicatrização da área operada”, completa.

3. Danos ao couro cabeludo e fios

O hábito de fumar pode prejudicar os fios. “Por reduzir a circulação e a oxigenação dos tecidos, o cigarro também afeta os cabelos, prejudicando o crescimento e a saúde dos fios. Além disso, tabagistas também apresentam fios brancos mais precocemente que pessoas que não fumam”, diz a Dra. Cintia Guedes.

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4. Impactos na fertilidade

O cigarro é um dos principais causadores da infertilidade, pois os componentes tóxicos presentes no produto, como a nicotina e o alcatrão, pioram severamente a qualidade reprodutiva.

“Nas mulheres, o tabagismo é capaz de favorecer a deterioração dos óvulos, envelhecendo-os em até dez anos e acelerando o início da menopausa, o que é especialmente prejudicial hoje em dia, quando as mulheres estão querendo engravidar cada vez mais tarde”, afirma o Dr. Rodrigo Rosa.

“Já nos homens, o hábito de fumar diminui a quantidade de espermatozoides e fragmenta o DNA do esperma, reduzindo assim a capacidade de fecundação, além de também contribuir para a perda do apetite sexual e a disfunção erétil”, continua o também especialista em reprodução humana.

5. Prejudicial ao coração

A médica nefrologista e intensivista Dra. Caroline Reigada explica que cada vez que você inala a fumaça do cigarro, sua frequência cardíaca e sua pressão arterial aumentam temporariamente.

“Seu coração tem que bater mais forte e mais rápido do que o normal. Os níveis de colesterol também ficam fora de controle, já que a fumaça do cigarro aumenta os níveis de LDL, ou colesterol ‘ruim’, e de uma gordura no sangue chamada triglicerídeos. Isso faz com que uma placa de gordura se acumule em suas artérias, aumentando o risco de ataques cardíacos”, explica a médica, que integra o corpo clínico de hospitais como São Luiz, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Logo, parar de fumar é uma excelente maneira de melhorar a saúde cardíaca. Segundo estudos, apenas 20 minutos após parar, sua pressão arterial e frequência cardíaca diminuem. “Em 2 a 3 semanas, seu fluxo sanguíneo começa a melhorar. Depois de um ano sem cigarros, você tem metade da probabilidade de sofrer com alguma doença cardíaca do que quando fumava. Depois de 5 anos, o risco é quase o mesmo do que de alguém que nunca acendeu um cigarro”, afirma a médica.

6. Doenças renais e câncer no rim

O tabagismo é um dos principais fatores de risco que podem levar à doença renal terminal, conta a médica nefrologista Dra. Caroline Reigada.

“Algumas das possíveis maneiras pelas quais fumar pode prejudicar os rins são: aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca; redução do fluxo sanguíneo nos rins; aumento da produção de angiotensina II (um hormônio produzido no rim); estreitamento dos vasos sanguíneos nos rins; danos nas arteríolas (ramos de artérias); formação de arteriosclerose (espessamento e endurecimento) das artérias renais; e aceleração da perda da função renal”, explica.

Além do tabaco, fumar permite que outras toxinas entrem no corpo. E conforme a Associação Americana de Pacientes Renais (AAKP), estudos mostraram que fumar é prejudicial para os rins, podendo causar a progressão da doença renal e aumentar o risco de proteinúria (quantidade excessiva de proteína na urina).]

Estima-se que o tabagismo seja responsável por aproximadamente 17,4% dos casos de câncer de rim, pelve renal e ureter nos Estados Unidos. “A fumaça do tabaco tem sido associada a mutações genéticas, inflamação e danos celulares, todos os quais alimentam o crescimento do câncer. Fumar aumenta o risco de desenvolver carcinoma de células renais (CCR). O risco aumentado parece estar relacionado ao quanto você fuma e ele diminui se você parar de fumar, mas leva muitos anos para chegar ao nível de risco de alguém que nunca fumou. Mas nunca é tarde para parar”, incentiva a Dra. Caroline.

7. Alterações da circulação periférica

A circulação é uma das estruturas que mais sofre com o tabagismo. “O cigarro pode causar problemas circulatórios como arteriosclerose e tromboangeite obliterante, distúrbio que afeta as extremidades do corpo. Em ambos os casos, há riscos de ter de amputar os membros, como pernas, pés e mãos”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Além disso, a nicotina está ligada à diminuição da espessura dos vasos sanguíneos e o monóxido de carbono reduz a concentração de oxigênio no sangue. “Todo esse processo pode causar complicações para o normal funcionamento dos vasos, que ficam mais susceptíveis ao entupimento, podendo levar a processos de trombose, principalmente quando há fatores de risco envolvidos”, enfatiza a Dra. Aline.

Parar com o cigarro não é uma tarefa simples. “Estudos mostram que apenas 15% das pessoas que tentam parar de fumar sem ajuda profissional conseguem. O cigarro está muito ligado ao hábito, claro que existe uma dependência química ligada ao estresse, mas quando uma pessoa consegue identificar o gatilho que a faz ter vontade de fumar pode tentar acabar com estes gatilhos ou ainda mudar a resposta a eles”, explica a Dra. Beatriz Lassance, também membro do American College of LifeStyle Medicine.

“Busque qualquer atividade que dê prazer. Tente começar uma atividade física, ela é o maior antioxidante que existe. O consumo de energia do corpo em movimento obriga nosso organismo a produzir antioxidantes de maneira enorme, que nos protege da ação dos radicais livres, e também ajuda a reduzir a ansiedade. Qualquer atividade física é importante. Quanto maior o número de músculos você mexer, melhor”, finaliza a Dra. Beatriz.