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Volta às aulas: 5 passos para preparar uma lancheira nutritiva

Nutricionista fala sobre impacto alimentar no físico e cognitivo da criança, e dá dicas de nutrientes necessários na hora de organizar a lancheira

Volta às aulas: 5 passos para preparar uma lancheira nutritiva
Volta às aulas: 5 passos para preparar uma lancheira nutritiva – Freepik

A alimentação é um dos principais desafios no momento de retorno às aulas. Para compor uma lancheira adequada, existem algumas dúvidas como: quantas refeições serão feitas na escola? Quais os nutrientes necessários? Quais as quantidades? É fundamental saber estes pontos para que o pequeno tenha melhor acesso aos alimentos e aproveitamento das aulas. Milene Henriques, nutricionista e dona do método Bebê Bom de Garfo, disponível na Hotmart, dá algumas dicas e esclarece dúvidas.

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Educando o paladar da criança

Muito além de vídeos de lancheiras bonitas para a criança, é fundamental entender a verdadeira importância da alimentação para elas, uma vez que, conforme a nutricionista, existem crianças que podem fazer mais da metade das refeições no ambiente escolar.

A primeira e principal dica da Milene é que o hábito recomece antes de voltarem às aulas. “Comece a oferecer as coisas que ela comeria na escola já em casa, que é sempre o local inicial para poder ‘educar’ o paladar da criança. Isso também dará a ela segurança, tranquilidade, motivação e interesse para querer comer esses alimentos em qualquer lugar que ela esteja, inclusive na escola”, explica.

Ainda segundo Milene, é importante entender o efeito dos alimentos no corpo, por exemplo, os carboidratos em excesso, que podem deixar as crianças agitadas e com dificuldades de concentração pela necessidade de gastar energia.

Já a falta de oferta de ferro gera menor oxigenação e pode ocasionar até mesmo em anemia. “Isso pode até causar prejuízos cognitivos. Se a criança não tem acesso à DHA – ácido docosa-hexaenoico, um tipo de óleo benéfico que ajuda na sinapse e desenvolvimento cerebral; ela também pode não ter o cognitivo estimulado dentro do potencial que ela teria condições. Por todos estes fatores, o lanche é algo muito sério”, ressalta a nutricionista.

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No geral, existe a ressalva de muitos industrializados, no entanto, a nutricionista explica que é possível encontrar opções “mais limpas e sem tantos aditivos”. Para isso, a dica de Milene é ler sempre o rótulo: “Quanto mais ingredientes tiver, pior. Não pode ter açúcar e gordura nos três primeiros ingredientes. Assim como uma quantidade grande de sódio, isto é, mais de 150 mg por porção”, diz.

5 passos para preparar uma lancheira nutritiva

1) Período na escola

“Se ela fica em período integral, é preciso considerar mais grupos alimentares. Caso ela fique meio período, o ideal é ser saudável, mas não necessariamente ser uma refeição completa”, pontua a criadora de conteúdo.

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2) Carboidratos

Na hora de pensar na lancheira, é importante saber que são fonte de energia para o organismo, porém, não podem ser em excesso para a criança não ficar muito agitada, e nem em falta, para ela não ficar prostrada, com sonolência e energia diminuída.

“Dê preferência aos alimentos feitos em casa ou de forma artesanal, como pães, bolos e biscoitos. Pode-se substituir as farinhas por aquelas que não são de trigo, como amêndoas, castanhas e farinha de coco. Tudo isso vai fazer com que o carboidrato seja de melhor qualidade e que ele forneça além de energia, outros nutrientes para a criança”, diz.

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3) Proteínas

Elas são os construtores que colaboram para a criança crescer e se desenvolver de forma saudável. Segundo Milene, as indicações são incluir alimentos como queijos, iogurtes, carnes desfiadas em sanduíches, bolinhos, castanhas, leite puro, sardinha ou atum. Ela ainda recomenda evitar queijos muito amarelos, e optar pelos iogurtes que tenham menos ingredientes, pois são os mais naturais.

4) Frutas

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São um grupo importante para garantir que a criança receba as vitaminas e minerais que precisa. A melhor opção é variar, pois cada uma será rica em um grupo de nutrientes. “Vale envolver a criança em casa na antecipação daquela fruta, como contando historinhas que envolvem a fruta, cantar músicas, para quando a criança chegar na escola, querer comê-las. Outra dica bacana é desenhar nelas com o uso de canetas específicas”, aconselha a nutricionista.

5) Líquidos

“Temos o hábito de acreditar que a criança precisa beber suco de fruta, e é um mito”, revela Milene, já que esta não é a melhor forma de oferecer a fruta. “Muitas vezes a gente tira muita fibra e diminui o nutriente”. A indicação é enviar sempre muita água na lancheira para hidratar, ou ainda, água de coco, chá de hortelã ou camomila.