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A pergunta que não quer calar: qual a melhor dieta do mundo?

Na coluna desta semana, a nutricionista Carolina Pimentel desmistifica a ideia de dieta ideal e fala sobre as características de uma alimentação saudável

A pergunta que não quer calar: qual a melhor dieta do mundo?
A pergunta que não quer calar: qual a melhor dieta do mundo? – Freepik

Qual a melhor dieta do mundo? Essa é a pergunta que todos fazem aos nutricionistas e a resposta é simples, mas também complexa. A melhor dieta é aquela que você consegue seguir, aquela que se torna um hábito, saudável, óbvio, mas que seja boa não só para sua saúde física, mas também mental, econômica, social e para o planeta, ou seja, também precisa ser sustentável.

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Assim, embora existam excelentes padrões de alimentação, como a mediterrânea, a japonesa, a nórdica e a vegetariana, a complexidade da suscetibilidade genética, de comportamentos e de oferta de alimentos locais nos tornam únicos e determinam não só um tipo de alimentação, mas um espectro de dietas saudáveis.

As consequências de não seguir uma dieta saudável

Embora um “elixir milagroso” ou uma “pílula nutricional” não sejam plausíveis, os pesquisadores concordam com a noção de que a dieta tem grande impacto no risco de desenvolvimento de doenças do coração, diabetes e até alguns tipos de cânceres.

O consumo abaixo do ideal de grãos integrais e frutas e a alta ingestão de sal, por exemplo, foi responsável por mais de 50% das mortes e 66% de anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALYs), em 195 países. Segundo um estudo publicado no The Lancet, a melhora da alimentação poderia prevenir uma em cada cinco mortes no mundo todo.

Além disso, os autores discutem que, embora o sódio, o açúcar e a gordura tenham sido o foco principal do debate sobre políticas alimentares nas últimas duas décadas, os resultados do estudo mostraram que é o que não comemos que nos leva a mortalidade, dietas pobres em grãos integrais, pobres em frutas, pobres em nozes e sementes, pobres em vegetais e pobres em ácidos graxos ômega-3 (peixes, principalmente), que representam mais de 2% das mortes globais.

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A melhor dieta do mundo ou a melhor dieta para todo o mundo?

Anote aí, independente do nome da dieta, uma alimentação saudável deve ter como base esses grupos de alimentos que quase não aparecem nas nossas mesas. Por outro lado, devemos evitar também a todo custo aquelas grandes porções. Sabe quando saímos da mesa com a sensação de que vamos “explodir”? Exatamente ao contrário, devemos terminar as refeições com a sensação de que ainda caberia um pouquinho mais, mas estamos satisfeitos. Os japoneses fazem muito bem isso e possuem as menores taxas de obesidade do mundo.

Algumas das características comuns as dietas mais saudáveis são:

  • Ampla inclusão de alimentos vegetais e integrais, ricos em fibras, minerais, vitaminas e fitonutrientes que demonstraram propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias;
  • Uso de gorduras mono e poliinsaturadas com potenciais efeitos cardioprotetores;
  • Consumo de proteínas em quantidades moderadas e principalmente peixes.
  • Inclusão de especiarias e ervas que demonstram também ações antioxidantes;
  • Consumo de álcool em quantidades moderadas ou nenhum consumo;
  • Consumo pouco frequente de carne vermelha e processada;
  • Evitar o consumo de alimentos super processados;
  • Usar apenas pequenas quantidades de açúcar e sal.

Para além dos nutrientes e alimentos favoráveis, existem outros determinantes-chave para essa dieta funcionar, ou seja, atividade física, qualidade do sono e controle do estresse. Esse é um estilo de vida saudável e positivo que ainda pode nos ajudar a retardar o processo de envelhecimento!

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Bora fazer da dieta brasileira, a melhor do mundo!