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Acalme-se, respire e entenda: o que é, de fato, o estresse?
Acalme-se, respire e entenda: o que é, de fato, o estresse? – Foto: Andrea Piacquadio/Pexels

Em 2007, a Organização Mundial de Saúde rotulou o estresse como uma epidemia global, tendo em vista os seus efeitos maléficos à saúde. Uma pesquisa realizada com brasileiros mostrou que 52% dos entrevistados se consideram extremamente estressados e os principais motivos apontados foram as questões financeiras, familiares, de trabalho e as relações amorosas.

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Várias das doenças que mais acometem hoje a humanidade, tais como as doenças do coração e diabetes, também estão relacionadas ao estresse.

O que é o estresse?

A literatura científica atual define estresse como uma resposta fisiológica do nosso organismo a um agente estressor (ameaça ou desafio) que ativa o nosso sistema a “lutar ou fugir”. Ou seja, quando nos sentimos ameaçados, o nosso corpo se adapta, aumentando os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a tensão nos músculos, além de aumentar a produção de uma série de hormônios e outras substâncias.

Por muito tempo isso ajudou a nossa espécie a sobreviver e evoluir. Entretanto, atualmente e cada vez mais, os fatores que desencadeiam essa resposta não são mais animais ferozes e, sim, os nossos pensamentos.

Assim, quando povoamos a nossa mente com pensamentos de medo, frustração, caos, mágoas, raiva e outros – nada saudáveis, submetemos nosso corpo a um estresse contínuo e crônico.

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Eu mesma já experimentei essa situação, diante das desilusões e frustrações naturais que ocorrem com todos nós, passei a pensar e visualizar brigas, conflitos e a gerar mágoas. Caminho errado. Logo me tornei uma pessoa ansiosa e angustiada.

Higiene mental

O que me fez voltar ao prumo foi, primeiro, conversar com profissionais especializados em saúde mental e entender que assim como precisamos escovar os dentes e tomar banho diariamente, nossa mente também precisa de higiene diária. Um dos caminhos para o relaxamento e a higiene mental, no meu caso, foi a prática de yoga e meditação.

Embora essas práticas sejam milenares, a ciência hoje já comprova os efeitos da meditação na melhora do sistema imune, da qualidade de vida, na redução da dor crônica e da doença cardiovascular, além do apoio ao tratamento de doenças graves como o câncer. A meditação também tem impactos positivos na redução de sintomas e na prevenção de recaídas de quadros depressivos.

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No meu caso, a meditação me ajudou a reduzir a intensidade dos sintomas da ansiedade generalizada e melhorar a minha qualidade de vida. Uma vez que adquiri habilidades em perceber o pensamento negativo automático e mudar o foco da atenção. Isso depois de muitas sessões e treinamento.

A prática diária de yoga e meditação é um treino de atenção ao corpo, à respiração e à mente e me permitiu melhorar o conhecimento a respeito de mim mesma. Comecei com alguns minutos diários. No começo, milhares de pensamentos vem a nossa cabeça. Persisto com duas sessões diárias, uma ao acordar e outra às 16h. Após duas semanas, já comecei a sentir melhoras e fortalecer a relação com a minha própria existência, ou seja, aceitação.

Importante colocar aqui que o acompanhamento psiquiátrico e psicológico é essencial, mas a atividade física, a meditação e a alimentação saudável são os pilares que nos ajudam a sustentar essa transformação para uma vida mais leve e fluida.

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Convido todos vocês a tentarem, por alguns minutos diários, incluir essa escova de dentes, ops, de mente, na sua rotina. Procure um grupo que pratica ou aplicativos que possam te auxiliar, e acreditem: permitir um momento de conexão consigo mesmo, tirar um tempo para o seu emocional respirar é recuperar o fôlego e seguir.

Bons fluidos,

Carol.

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