Na coluna desta semana, Cigana Kelida conforta corações e explica qual é a visão do espiritismo sobre a morte dos animais de estimação
A grande maioria dos animais que conhecemos, inclusive os domésticos, possuem consciência fragmentada, ou seja, apresentam lapsos de memória e ficam cientes de alguns fatos. É bom esclarecer que cada animal é único e possui um espírito individual, diferente de outro semelhante a ele. Por exemplo, se pegarmos duas abelhinhas e observarmos seu trabalho diário, veremos que cada uma passará por uma experiência diferente do outra ao buscar o pólen. Isso gera um aprendizado diferente para cada uma e, por sua vez, um processo evolutivo também diferente.
Podemos aplicar este pequeno exemplo a cada ser vivo do planeta, já que cada um de nós passa por experiências e aprendizados diferentes, o que resulta em diferentes graus evolutivos.
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Falando especificamente dos nossos animais de estimação, podemos notar que eles têm um aprendizado cada vez mais progressivo, à medida que dedicamos tempo a eles. Eles aprendem tudo o que ensinamos, pois para eles somos como um Deus, somos o líder; assim como temos um anjo ou um santo como nosso guia, a quem ouvimos, oramos e confiamos muitas vezes cegamente.
O homem do século XXI passou pela Era da razão e está entrando na era espiritual. Muitos de nós estamos preparados para ver além e perceber que os animais fazem parte da nossa família. São companheiros da nossa caminhada e também nos ensinam resignação, humildade, carinho permanente e sincero, proteção e muitos mais.
Desta forma, pouco a pouco, o nosso papel de guia dos animais (tal como o pai com o filho), será o de irmão mais velho com o irmão mais novo e também neste contexto teremos que usar nosso livre arbítrio para cumprir plenamente a missão confiada.
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O homem usou e maltratou os animais porque, em um determinado momento do passado, nossa ignorância nos fez tê-los como fonte de alimento e ajuda para o trabalho. “Eles estão lá apenas para nosso serviço”, diziam. Descartes os catalogou como autômatos sem a capacidade de sofrer ou sentir. Mas felizmente os tempos mudaram, graças as pessoas sensíveis e altruístas que seguem estudando acerca dos sentimentos dos animais, sua linguagem e capacidade cerebral, entre outros.
Agora, vamos falar sobre sofrimento.
Bom, parte da nossa evolução é passar pelo sofrimento, porque é uma lei de causa e efeito. Entretanto, para os animais, seres em estágios inferiores de aprendizado, o sofrimento se torna uma prova que eles têm que passar em sua evolução. Sabemos que em planetas com níveis de vida superiores ao nosso, ou seja, com maior conhecimento moral e intelectual, os animais fazem trabalho físico e os humanos fazem trabalho intelectual. A harmonia é completa e os animais são verdadeiramente valorizados como seres em desenvolvimento para a fase em que a família – grupos unidos por afinidade – ajudam uns aos outros e buscam níveis mais elevados de espiritualidade.
O processo de desencarne é sempre o mesmo em seres orgânicos. Assim, independentemente de ser gato ou cachorro, a alma primitiva do animal se liberta da forma física e vai para o plano espiritual, retornando rapidamente ao mundo material para continuar a se desenvolver.
“Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta. É, Boneca (Boneca, nome da cachorrinha de estimação de Chico) está aqui, sim, e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis. Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar. Por isso, quem maltrata um animal vai contra as leis de Deus, porque Suas leis são as leis da preservação da natureza. E, com certeza, quem chuta ou maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar”, já dizia Chico Xavier.
Paz e Luz,
