Telescópio James Webb ajudará na investigação de mistérios do sistema solar e até mesmo o potencial de vida em outros planetas; as informações foram divulgadas pela NASA
Nessa segunda-feira, 11 de julho, a NASA (Agência Espacial norte-americana) divulgou o primeiro registro colorido captado pelo telescópio espacial James Webb. Na foto, o objeto está estacionado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, em uma posição do espaço chamada pelos astrônomos de segundo ponto da órbita Lagrange. É uma espécie de varanda para o universo sem obstáculos para atrapalhar sua visão.
Essa imagem foi divulgada, primeiramente, em um evento na Casa Branca, em Washington. Presente na cerimônia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre o grande avanço da ciência: “Hoje é um dia histórico. É uma nova janela no nosso universo. É fascinante”.
Nos últimos meses, a Nasa divulgou algumas fotos de testes do Webb. Mas essa imagem, de acordo com a agência, é inédita e mostra as profundezas. Ela abrange um pedaço do céu que, para um observador terrestre, parece do tamanho de um grão de areia mantido à distância de um braço.
“Se você segurasse um grão de areia para o céu à distância de um braço, esse ponto é do tamanho da visão de Webb aqui. Imagine – galáxias em abundância dentro de um grão! Por que algumas galáxias parecem dobradas? A massa combinada deste aglomerado de galáxias atua como uma “lente gravitacional”, dobrando os raios de luz de galáxias mais distantes atrás dele, ampliando-os”, explicou a Nasa, através do Instagram.
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A agência esclareceu que esse supertelescópio ajudará a resolver mistérios em nosso sistema solar, irá olhar para mundos extremamente distantes, investigará as origens do nosso universo e poderá até mesmo explorar o potencial de vida em sistemas planetários remotos.
“É difícil prever o que será mostrado pela primeira vez em caráter científico, mas algumas imagens serão das primeiras galáxias formadas no universo e, dentro delas, as primeiras estrelas. Além disso, com o James Webb haverá a possibilidade de descobertas importantes na área dos exoplanetas, como a detecção de atmosfera em planetas muito parecidos com a Terra”, explicou, em uma nota, o astrofísico brasileiro Cássio Barbosa.
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