Homem compra ilha para evitar extinção de animais e plantas
Em 1962, Brendon Grimshaw se encantou por Moyenne e decidiu dedicar sua vida à preservação do que considerava um paraíso natural

Em 1962, Brendon Grimshaw se encantou por Moyenne e decidiu dedicar sua vida à preservação do que considerava um paraíso natural
Se você tivesse uma boa quantia em dinheiro e pudesse escolher entre usá-la para ajudar o meio ambiente ou beneficiar a si mesmo, o que faria? Para muitas pessoas, essa decisão pode gerar dúvidas. No entanto, Brendon Grimshaw soube exatamente o que fazer assim que avistou a ilha de Moyenne. Sua paixão pelo local o motivou a comprá-la, a fim de garantir a preservação e evitar a extinção da fauna.
Em 1962, Grimshaw, um editor de diferentes jornais do leste africano, chegou ao arquipélago de Seychelles, no Oceano Índico. O pretexto da viagem, a princípio, era tirar férias. No entanto, prevendo ser substituído por trabalhadores locais após a independência dos territórios, o jornalista passou a buscar um novo rumo. Foi então que decidiu aproveitar a visita para comprar uma ilha onde pudesse viver cercado pela natureza.
No penúltimo dia, no arquipélago, ele estava quase mudando de ideia, quando uma jovem o apresentou à pequena Moyenne, que fica ao lado da maior ilha da região, Mahé. Logo de primeira, Grimshaw se encantou com o seu território de 0,099 quilômetros quadrados e a localização. “Era totalmente diferente. Uma sensação especial. Este é o lugar que eu estava procurando”, afirmou para um documentário.
Na época, ele pagou 8 mil libras (cerca de R$ 57 mil). Os esforços, no entanto, não pararam por aí. Isso porque a ilha estava abandonada há tempos. Por isso, ele precisou, com a ajuda de nativos, limpar o mato selvagem e plantar árvores, a fim de restaurar a vegetação. Além disso, o intuito do jornalista era impedir que o local fosse dominado pelo turismo e sofresse com o desmatamento. Ele queria preservá-lo como um paraíso natural