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Ansiedade: A grande chave para a libertação é a conexão com o aqui e o agora

Na coluna desta semana, Marina Repetto fala sobre a ansiedade e explica que esse sentimento “geralmente esconde algo que ainda não foi visto e é uma maneira de nos avisar que algo precisa ser mudado”

Marina Repetto fala sobre importância de se conectar com o aqui e o agora – Freepik

Falar sobre ansiedade pode ser muito desafiador. No último ano, com o cenário mundial pandêmico e muitas questões íntimas, essa foi uma das minhas principais dores e acredito que de muitas pessoas também. Porém, olhando de uma perspectiva positiva, essa difícil passagem da minha vida me possibilitou chegar às páginas dessa coluna tão especial, a da Bons Fluidos, e me conectar diariamente com mais de 1,5 milhões de pessoas que buscam o autoconhecimento e a espiritualidade. 

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Atualmente, sabemos que a ansiedade afeta muitas pessoas e esse crescimento tem sido cada vez mais intenso, fator relacionado também à quantidade de informações que recebemos a todo momento. Recebo, diariamente, inúmeras mensagens com pedidos de auxílio para lidar com esse sentimento que é tão desafiador. Nós nos sentimos ansiosos quando estamos mentalmente vivendo em tempos que ainda não chegaram, imaginando milhares de hipóteses que nos fazem sentir medo, tristeza e insegurança.

Por isso, a meditação é uma ferramenta tão poderosa para o combate à ansiedade. Costumo dizer que a ansiedade nasce do desejo de controlar tudo aquilo que não pode ser controlado.

+++ Ho’oponopono como estilo de vida: as palavras mágicas que me fizeram criar uma nova percepção da realidade

Então, como podemos lidar com ela?

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Aprendendo a entrar no fluxo da vida e se permitindo ser direcionado, compreendendo que nem sempre terminamos onde pensávamos que iríamos, mas sempre terminamos ontem precisamos estar.

A necessidade de controle é algo criado pela mente, numa ilusória crença de que assim estamos seguros e protegidos. Porém, nessa grande experiência humana, temos que aprender a confiar, e as situações inesperadas estão aí para nos relembrar isso. Por mais que tenhamos planos e sonhos, sabemos que muitas coisas fogem ao nosso controle. Aprender a aceitar a realidade é sem dúvidas uma das principais formas de encontrar a paz

A nossa saúde mental é extremamente importante nesses tempos de pandemia e exposição excessiva nas redes sociais. E claro, a espiritualidade e o processo de autoconhecimento são aliados para trabalhar a ansiedade. Falando por mim, de forma mais intimista possível, o equilíbrio não é linear, é fluido. Todos nós passamos por altos e baixos. Aprender a acolher os sentimentos é muito importante. Como a nossa mente é muito julgadora, queremos a todo momento encaixar os sentimentos em ‘’bons’’ ou ‘’ruins’’. Sentimentos são apenas sentimentos. Ao invés de lutarmos contra eles, podemos olhar de perto e perceber a mensagem que eles nos trazem. Há um propósito por trás de todas as coisas.  

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Ressalto que a paciência é parte fundamental nessa jornada.

Assim, como é necessário o tempo entre a semente a flor, precisamos compreender que o crescimento é um processo. Gosto de lembrar que nós estamos aqui só de passagem e onde estamos hoje não é o nosso destino final. A lei que rege a vida é a lei da mudança e relembrar da impermanência das coisas é importante para seguirmos com fé e coragem. Precisamos ter calma, respirar fundo e entender que não é uma vida toda de momentos ruins, e sim um momento desafiador que nos convida a caminhar para um lugar melhor.  

É super importante perceber quando precisamos de ajuda

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Às vezes temos medo e/ou vergonha de dizer como nos sentimos, mas precisamos lembrar: o que sentimos nunca está errado. Essas provações fazem parte da vida e nos ensinam a rever os nossos valores e crenças, permitindo que haja grandes mudanças e novos começos. Como vocês sabem, eu sou nutricionista de formação, mas atualmente compartilho os aprendizados que venho recebendo ao longo da minha vida. Passei por algumas situações muito desafiadoras que me proporcionaram uma profunda compreensão da vida, e sinto que essa partilha ajuda muitas pessoas a entenderem que não estão sozinhas. A espiritualidade nos permite colocar a fé na frente e seguir mesmo quando não enxergamos o chão, e de fato, vamos aprendendo que é caminhando que se faz o caminho.  

As verdadeiras mudanças acontecem de dentro para fora e quando buscamos a luz precisamos aceitar que ela revela também as imperfeições

No entanto, esse processo pode ser doloroso. Na minha busca em me autoconhecer, me deparei com traumas e dores profundas que precisei de tempo e coragem para ressignificar. Aos poucos, pude viver a certeza de que o passo depois da dor é a cura. Só podemos curar algo que interiormente aceitamos. Algumas técnicas me ajudaram bastante nesse processo, como a respiração consciente, que trabalha a atenção plena e a conexão com o momento presente. Começamos a compreender o movimento mental que tende sempre ao negativo e a observar que não somos tudo que pensamos. A mente está sempre nos contando uma história e identificá-la é fundamental para que haja a dissociação. Dessa maneira, começamos a perceber que na pressa do dia a dia damos pouca atenção ao movimento básico da vida, que é a respiração, e essa é uma das maneiras de reduzirmos a nossa ansiedade. Viver cada momento com consciência. Presença. Presença é a chave da vida em plenitude.  

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Quando me sinto ansiosa, busco trazer a atenção para o agora

Através da respiração profunda e da percepção das batidas do meu coração, posso me conectar a dádiva da vida. Sinto uma profunda liberação de energia e percebo que essa liberdade é fundamental para haver paz interna. Como o nosso corpo escuta tudo que a mente diz, é comum sentirmos dores físicas quando nos sentimos ansiosos. Observar que eu não sou a minha mente me ajudou a superar muitos momentos de crise. Aos poucos, vamos nos aprofundando no processo de autoconhecimento e compreendendo qual é a raiz do sofrimento. A ansiedade geralmente esconde algo que ainda não foi visto e é uma maneira de nos avisar que algo precisa ser mudado. Nós vivemos muito carregados de dores e memórias do passado, mas que não determinam o que nós somos hoje. Não somos o que nos aconteceu, somos o que escolhemos nos tornar. Geralmente, a depressão está relacionada ao excesso de passado e a ansiedade ao excesso de futuro. É por isso, que a grande chave para essa libertação é a conexão com o único momento que verdadeiramente existe: aqui e agora. Esse é o lugar onde a vida se manifesta.


Muito tem se falado sobre a importância do autoconhecimento… Mas como chegamos a ele? A essa resposta que Marina Repetto, nutricionista (do corpo e da alma) e especialista em Ho’oponopono, nos guiará em sua mais nova coluna aqui na Bons Fluidos Digital todas as sextas-feiras, às 12h.

 

Marina é nutricionista de formação, mas após uma forte e profunda experiência de cura e autoconhecimento descobriu que sua verdadeira vocação era nutrir almas com inspiração e espiritualidade.

Desde então, tem dedicado os seus dias a ajudar as pessoas a encontrarem um caminho para a felicidade. 

Especialista na prática do Ho’oponopono e em meditação, Marina teve a oportunidade de expandir seus conhecimentos certificando-se em instituições como IZI LLC (Austrália) e ThetaHealing Institute of Knowledge (EUA).