‘128 injeções’: cantor Netinho celebra fim de etapa da quimioterapia
Linfoma foi descoberto em março; artista já passou por 128 aplicações de injeções e concluiu nova etapa do tratamento
O cantor baiano, Netinho, de 58 anos, atualizou seus fãs sobre o andamento no tratamento contra um câncer no sistema linfático. Sucesso nos anos 90 com o hit “Milla”, nesta quarta-feira (28), revelou que está finalizando mais uma etapa da quimioterapia.
“Bom dia. Estou no finalzinho da quarta temporada [do tratamento]. Tudo indo maravilhosamente por aqui, como Deus quer. Já tomei 128 injeções na barriga nessas quatro temporadas. Minha barriga está uma peneira”, disse ele, no Instagram. Segundo o cantor, a previsão de alta do hospital é para o próximo sábado, até iniciar a quinta etapa do tratamento.
Diagnóstico e primeiros sintomas
Primeiramente, Netinho revelou o diagnóstico do câncer no dia 22 de março, sendo internado imediatamente. Poucos dias depois, compartilhou nas redes sociais, o momento em que raspou a cabeça. “Sabendo que, nesse tipo de tratamento que eu faço, o cabelo cai todo e depois volta a nascer… Começou a cair antes de ontem, então ‘meti’ logo a máquina. Zerei, agora é esperar crescer”, contou, na ocasião.
Desde então, o artista vem sendo acompanhado pela médica Glória Bonfim, especialista em onco-hematologia, além do suporte de diversos profissionais da saúde.
Histórico de saúde
O cantor explicou que, por conta do seu histórico médico, o acompanhamento exige atenção redobrada. “Meu médico, Dr. Paraná, quando me examinou, pediu para me internar. Ele disse que eu tenho o corpo muito mexido pela medicina por causa de tudo que eu passei em 2013”, falou.
Em 2013, Netinho enfrentou três AVCs e perdeu a voz, consequências atribuídas ao uso de anabolizantes. Durante esse período, ele enfrentou um longo processo de recuperação, incluindo cirurgias no cérebro, a colocação de quatro stents, uma válvula cerebral e um quadro de depressão.
MÉDICO EXPLICA TRATAMENTO DE NETINHO: ‘CONTROLE RIGOROSO’
Em entrevista para a CARAS Brasil, o médico oncologista, Jorge Abissamra, se aprofundou no caso de Netinho e explicou como funciona a quimioterapia. “Cada ciclo costuma acontecer em intervalos específicos, geralmente, a cada duas ou três semanas, dependendo do tipo de linfoma e da resposta do paciente. A ideia é atacar as células cancerígenas de forma sistemática, permitindo também que o corpo tenha tempo de se recuperar entre as consultas”, detalhou.
Além disso, de acordo com o especialista, esse tratamento, que contará com seis sessões ao todo, exige atenção e uma série de modificações na rotina. Isso porque o processo pode ocasionar a imunossupressão, caracterizada pela redução da eficiência do sistema imunológico.
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