‘Pessoas cortisol’: quem são e como tomar cuidado com elas?

Nomeados em referência ao hormônio do estresse, esses indivíduos vivem exaustos física, emocional e relacionalmente

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Nomeados em referência ao hormônio do estresse, as pessoas do cortisol vivem exaustos física, emocional e relacionalmente – Pexels/Kaboompics.com

Você já se sentiu mais incomodado após encontrar com um colega que se apega a pensamentos pessimistas e está sob constante estresse? Muitos acreditam que essa transferência de energia é somente um mito. Mas pesquisadores da Universidade da Califórnia apontam que podemos espelhar comportamentos ansiosos, vindos principalmente das chamadas pessoas do cortisol.

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“Estar perto de alguém que percebe o mundo como hostil pode criar um tipo de clima emocional no qual você também acaba se agitando a partir do medo, apontou a psicóloga Micaela Zappino, ao ‘La Nación’. 

Pessoas do cortisol

De acordo com especialistas em saúde mental, esses indivíduos, nomeados em referência ao hormônio do estresse, vivem exaustos física, emocional e relacionalmente. Por este motivo, muitas vezes, eles sentem palpitações, tensão muscular, taquicardia e suor excessivo. Os profissionais explicam que isso ocorre em decorrência de uma resposta biológica a situações de perigoso, que ativam o cortisol.

Entretanto, apesar de ser considerado um processo natural, no caso desses pessoas, fatores externos funcionam como potencializadores, o tornando prejudicial. “Eles tendem a ser indivíduos que cresceram em ambientes inseguros ou imprevisíveis, e seu sistema nervoso ficou obcecado em conseguir sobreviver. É como uma tempestade: eles conviveram com isso por tanto tempo que, mesmo quando o sol aparece, ainda andam por aí com os guarda-chuvas abertos”, detalhou.

Como consequência, aqueles ao seu redor absorvem vibrações negativas. Assim, passam a transparecer irritação e cansaço. Segundo especialistas, esses sentimentos impactam a concentração, o emocional, a qualidade do sono, bem como o corpo, podendo desencadear doenças cardíacas e baixa imunidade.

Identifique, mas não abandone

Uma forma de evitar esses efeitos é detectar as pessoas do cortisol. Os estudiosos afirmam que é possível reconhecê-los pela personalidade. Desta forma, fique atento aos indivíduos mais sensíveis ou impulsivos. Além disso, é importante estar alerta àqueles que constantemente se colocam como vítimas, evitam assumir responsabilidades, demonstram dependência excessiva dos outros e adotam uma postura de superioridade.

Após a identificação desses hábitos, os profissionais ressaltam que não é necessário manter-se afastado, mas aderir a prevenções. Por isso, eles recomendam se preparar psicologicamente antes de encontros com as pessoas do cortisol, através de caminhadas e técnicas de respiração, além de saber limitar a quantidade de tempo dedicada a eles.

“Você tem que estabelecer limites internos e não se apegar emocionalmente”, pontuou ao jornal argentino.

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