Alguns hábitos que, a princípio, parecem inofensivos podem fazer uma grande diferença no bom funcionamento dos olhos
Um descuido que acontece sem querer no meio da correria do cotidiano e muitas vezes sem nem mesmo sabermos ser algo prejudicial pode causar muito desconforto e até mesmo problemas graves, podendo comprometer, por exemplo, a visão.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de distúrbio nesse sentido, sendo que cerca de 60% desses casos são de cegueira e deficiência visual. Muitos deles poderiam ser evitados com algumas precauções simples e tratamento precoce. Por isso, pedimos ajuda à oftalmologista Kemi Salami para elencar os mais comuns.
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Se suas as mãos estiverem sujas, ao coçar, você pode levar algum corpo estranho para dentro dos olhos, provocando alergias ou conjuntivite. Mas, mesmo com as mãos limpas, não é indicado ficar esfregando nessa região do rosto, pois, se isso acontecer com frequência e com muita força, pode desencadear a chamada ectasia da córnea, um problema na parte transparente que cobre a porção frontal dos olhos.
A longo prazo isso, pode se tornar um ceratocone, uma doença que faz com que a córnea se projete para frente, prejudicando a visão. Também pode haver um descolamento de retina que, se não for tratado com rapidez e de maneira adequada, pode levar à degeneração dessa estrutura, já que ela se descola do globo ocular e fica sem receber nutrientes – e por tabela, cegueira.
Há chance de acontecer infecções e ceratites, inflamações na córnea, que têm como sintomas mais frequentes dor nos olhos, sensibilidade à luz, vermelhidão e visão turva. Dormir com as lentes de contato também leva a uma diminuição na oxigenação dos olhos.
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Dependendo do tipo de substâncias aplicadas, aplicar colírio nos olhos sem orientação médica, que parece um ato tão inofensivo, pode levar à catarata, glaucoma ou mesmo cegueira.
Qual mulher nunca dormiu de maquiagem? O resultado desta ação pode ser olho seco e infecções nas pálpebras.
Mesmo sem quaisquer sintomas, é essencial marcar consultas oftalmológicas anuais, pois, assim, o especialista consegue diagnosticar possíveis doenças no estágio inicial.
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Sobre a especialista: formada em medicina pela Universidade de Marília. Especialização em Oftalmologia no Hospital Padre Bento de Guarulhos e Centro de Estudos do Hospital Monumento – São Paulo. Fez Especialização Fellowship em Catarata e Plástica ocular no Centro de Estudos do hospital Monumento – São Paulo (2015-2016).Pós graduação lato sensu em Glaucoma clínico e cirúrgico na Escola Paulista de Medicina – Unifesp (2016). Foi preceptora de residentes no Centro de Estudos do hospital Monumento – São Paulo na área de catarata.
