De acordo com os pesquisadores, essa descoberta que envolve os cães pode ser um método de triagem viável, preciso e acessível; confira como funciona
Um estudo publicado na revista científica Open Forum Infectious Diseases Journal (em português, Fórum Aberto de Doenças Infecciosas) concluiu que os cães podem representar uma grande ajuda contra a disseminação da Covid-19. A pesquisa mostrou que os cachorros são capazes de detectar pessoas infectadas pelo coronavírus com 96,4% de precisão.
“Obtivemos amostras de suor de pacientes internados e ambulatoriais testados para SARS-CoV-2 por um teste de reação em cadeia da polimerase. Cães de detecção médica foram treinados para distinguir amostras positivas de SARS-CoV-2 de amostras negativas de SARS-CoV-2, usando reforço baseado em recompensa”, é o que explica o resumo da pesquisa.
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584 voluntários, entre 6 e 97 anos, foram analisados. Dessas pessoas, 141 haviam testado positivo para Covid-19; as que tiveram resultado negativo foram usadas como controle. Para que os resultados fossem mais precisos, as amostras foram coletadas de diferentes locais.
Três Labradores e um Golden Retriever foram treinados da seguinte maneira: primeiramente, aprenderam a identificar amostras positivas e depois distinguir as positivas das de controle. A cada vez que eles detectavam, eles deveriam sentar ou colocar a pata em cima das almofadas que continham a amostra. Se fosse negativo, eles nada fariam. A cada acerto, os bichinhos eram recompensados com comida.
No geral, os cães detectaram amostras positivas para Covid-19 com sensibilidade (a capacidade em identificar uma pessoa verdadeiramente doente dentre outras que apresentam apenas suspeita) e especificidade — resultado negativo em indivíduos que não têm a doença — de 0,98 e 0,92, respectivamente.
“A olfação canina é um método preciso e viável para o diagnóstico de SARS-CoV-2, incluindo indivíduos infectados assintomáticos e pré-sintomáticos”, concluiu o estudo.