Síndrome do Olho Seco antes, atingia os mais velhos, mas agora está surgindo nos jovens

Epidemia comportamental? Entenda como o estilo de vida moderno pode causar a síndrome do olho seco

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Síndrome do Olho Seco afeta grande parte dos jovens adultos atualmente; entenda os sintomas e como evitá-los – Reprodução: Pexels/Jan Krnc

Uma condição que antes, era mais frequente entre idosos, está se tornando comum entre jovens adultos: a Síndrome do Olho Seco. Trata-se de um problema oftalmológico crônico que, segundo estudo da Aston University, do Reino Unido, tem atingido grande parte das pessoas entre 18 e 25 anos.

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O que é a Síndrome do Olho Seco?

Primeiramente, a síndrome ocorre quando produz uma quantidade de lágrimas, e sua composição não tem qualidade para manter a superfície ocular lubrificada. Os sintomas mais comuns incluem sensação de areia nos olhos, ardência, vermelhidão, visão turva e sensibilidade à luz.

Existem diversos fatores de risco para o problema, incluindo o estresse e o uso de lentes de contato. Entretanto, de acordo com o The Ocular Surface, resultados da pesquisa mostram uma epidemia comportamental – relacionada, principalmente, ao excesso do uso de telas.

Uso excessivo de telas

O estudo publicado acompanhou 50 jovens durante um ano. Ao final do período, 56% foram diagnosticados com a síndrome, enquanto 90% apresentaram, pelo menos, um sintoma. Um dos principais fatores identificados foi o tempo excessivo de exposição a dispositivos eletrônicos – cerca de oito horas em média.

Esse hábito reduz a frequência e a qualidade das piscadas, dificultando a distribuição uniforme da lágrima e acelerando sua evaporação. Mesmo períodos considerados moderados (entre duas e seis horas por dia) já estão associados a maior risco de desenvolver a doença.

Prevenção essencial

Muitos pacientes não apresentam sintomas evidentes nas fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. Segundo os pesquisadores, identificar alterações antes do surgimento das queixas pode ajudar a evitar o agravamento do quadro.

Além do uso excessivo de telas, outros fatores de risco incluem: sexo feminino, idade avançada, uso de lentes de contato, cirurgias oculares, doenças autoimunes, uso de certos medicamentos e exposição a ambientes poluídos ou com ar seco.

Vale ressaltar que a síndrome não afeta apenas adultos: crianças e adolescentes que passam longos períodos diante das telas também podem desenvolver o distúrbio. Por isso, recomenda-se que o tempo de exposição se limite a três horas por dia, além do incentivo a atividades ao ar livre.

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