Você costuma ser gentil com estranhos? Saiba o que especialistas dizem sobre o hábito
Um relatório da Psychology Today revelou que a bondade com desconhecidos está relacionada à habilidade de compreender os sentimentos e as necessidades do outro
As pessoas costumam ser bondosas com aqueles que amam através de pequenos gestos, como dividir um doce ou relembrar um colega de alguma tarefa. Para os filósofos Sêneca e Immanuel Kant, essas ações surgem como uma forma de demonstrar o que sentimos por parceiros, amigos ou familiares. Mas e quando alguém é gentil com um desconhecido? O que isso indica?
Gentileza revela traços da personalidade
Um relatório da Psychology Today revelou que a bondade com estranhos é uma particularidade dos humanos. Isso porque os outros seres costumam se preocupar somente com o próprio bem-estar ou de animais mais próximos, como os filhotes. A partir dessa ideia, Michael Wilmot e Deniz revisaram 3.900 estudos para entender a personalidade dessas pessoas.
De acordo com a análise dos estudiosos, esses indivíduos apresentam maior capacidade para compreender os sentimentos, as ações e as necessidades do outro. Assim, eles são classificados como bons em ler emoções, facilitando a empatia.
Ademais, o hábito tem relação com a neuroquímica, já que altos níveis de testosterona diminuem a amabilidade. Enquanto isso, a ocitocina, conhecida como o hormônio do amor, pode atrair compaixão. Por isso, os especialistas apontam que aqueles com essas características podem se adequar melhor aos trabalhos focados no atendimento ao cliente ou na área da medicina.
Ser gentil traz benefícios à saúde
Além disso, de acordo com os pesquisadores, a gentileza está constantemente ligada a fatores positivos. No âmbito emocional, uma pesquisa da Universidade de Toronto, feita com cerca de 1.000 participantes, mostrou que três dias de atos beneficentes resultaram na melhora de quadros de ansiedade e depressão.
Segundo outro levantamento, publicado na Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, ser gentil também diminui o isolamento social e a solidão, contribuindo para o bem-estar. “Alguns estudos indicaram que o ato pode auxiliar a felicidade e a sensação de engajamento com a vida, além de reduzir os sintomas de transtornos psicológicos e aumentar a percepção de conexão social”, afirmou o especialista Tyler VanderWeele, em entrevista ao ‘Harvard Health Publishing’.
