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Parece, mas não é: confira alterações da pele confundidas que exigem tratamentos diferentes

Problemas de pele com características similares podem ser facilmente confundidas se autodiagnosticados, levando a realização de tratamentos inadequados que podem ter o efeito contrário; veja recomendações de especialistas

Parece, mas não é: confira alterações da pele confundidas que exigem tratamentos diferentes
Parece, mas não é: confira alterações da pele confundidas que exigem tratamentos diferentes – Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

Algumas alterações da pele são muito similares e podem ser facilmente confundidas, fazendo com que apostemos em tratamentos inadequados que podem, inclusive, ter o efeito contrário. Por isso, é importante sempre buscar um profissional especializado para receber o diagnóstico e tratamento adequado. Mas, para te ajudar a não cair em ciladas, consultamos um time de especialistas para apontar algumas alterações de pele comumente confundidas:

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Confira alterações da pele confundidas que exigem tratamentos diferentes

Linhas de expressão x rugas: as dobrinhas que surgem na pele devido ao envelhecimento, apesar de estarem relacionadas, tem diferenças importantes em sua formação, o que impacta no tratamento escolhido. “Nossa pele está posicionada sobre os músculos de uma forma que faz com que o tecido acompanhe a musculatura toda vez que realizamos numa expressão facial, formando curvas, vincos e dobras, o que chamamos de linhas de expressão ou rugas dinâmicas”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance.

“Conforme envelhecemos, no entanto, a pele perde a capacidade de retornar ao seu estado original devido a diminuição na qualidade e quantidade das fibras de colágeno e elastina. Com isso, as dobras na pele passam a ser visíveis mesmo sem a contração muscular, o que dá origem as famosas rugas estáticas”, diz a médica, que aponta a toxina botulínica como a melhor opção para o tratamento das linhas de expressão.

Lipedema x celulite: por serem caracterizados pelo acúmulo de gordura, geralmente nas pernas, a celulite e o lipedema também são alterações comumente confundidas.

“A celulite é uma inflamação do tecido adiposo em que as células gordurosas apresentam excesso de gordura no interior e deformidades na parede que se projetam na superfície, levando à formação de uma série de ondulações na pele. Além disso, a diminuição de colágeno agrava o problema, pois as fibras não conseguem mais sustentar o tecido de gordura, que é flácido, assim resultando na celulite”, explica a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista.

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O lipedema, por sua vez, é uma disfunção hereditária crônica. “O lipedema é uma doença progressiva caracterizada pela deposição anormal de gordura em membros inferiores e, às vezes, pode acometer membros superiores”, esclarece a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Dermatologia e Cosmiatria. Os lipedemas, segundo a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, são sempre simétricos e os sintomas incluem sensação dolorosa ao toque, aumento da frequência de hematomas espontâneos e maior tendência ao acúmulo de líquido.

Acne x rosácea: uma das maiores confusões quando o assunto é pele é entre a rosácea e a acne. Como diferenciá-las?

“A rosácea é uma doença inflamatória que torna o rosto avermelhado, com pápulas e pústulas que lembram espinhas. No entanto, a rosácea diferencia-se da acne por não apresentar cravos e causar vermelhidão persistente com muitos vasinhos visíveis, o que não ocorre no quadro acneico, que é justamente caracterizado pelo surgimento de cravos e espinhas devido a uma inflamação causada devido ao entupimento dos poros pela oleosidade e células mortas da pele”, diz a Dra. Paola.

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A médica destaca que a rosácea não tem cura, sendo assim necessário o tratamento contínuo da doença para controlar os sintomas.

“Já o tratamento da acne pode variar dependendo das causas do problema, mas geralmente consiste no uso de produtos com ativos que atuam na diminuição da acne, como o peróxido de benzoíla e a niacinamida. Já em casos mais graves, o médico também poderá prescrever antibióticos de uso oral ou tópico ou outros medicamentos que agem diretamente na glândula sebácea, como a isotretinoína”, finaliza.

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