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Casa de criação: Veja o apartamento cheio de estilo da carioca Adriana Tavares

A artista plástica vive, trabalha e ainda se diverte em seu apartamento cheio de graça, humor e formosura – e com jeito de loft

A pintura preta (tinta acrílica, lousa) permitiu que Adriana montasse uma composição de frases de boas-vindas, quadros e pequenas lembranças – ANDRÉ NAZARETH

Adriana
Tavares
vive cercada daquilo que acredita ser básico e
essencial para estar bem consigo mesma. No seu apartamento, no Rio de Janeiro, todos os seus pertences
têm um lugar precioso, qualidade que ela conseguiu dar a eles quando mandou
derrubar algumas paredes e os ambientes foram integrados. “Agora tenho espaços
mais amplos e iluminados. Luz natural e farta são tudo para mim”, afirma. Com a
reforma, a sala cresceu e também a suíte: resultado, o imóvel, que tinha quatro
dormitórios, virou praticamente um loft generoso, de cerca de 150 m2. O estar é
onde tudo acontece. Ali ela pinta suas telas, desenvolve as estampas de tecidos
no computador, que fica no “escritório” improvisado e encontra os amigos. “Sou
adepta do tudo junto e misturado. Estar cercada de estímulos e referências me
faz bem”, explica.

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De quebra, deixa também a bicicleta à vista e à mão já
que ela é o seu principal meio de transporte pela zona sul carioca. “Minha
rotina é simples, tento me deslocar pouco e resolver o que posso pelo bairro. É
uma forma saudável de viver, com menos consumo e menos confusão”, reflete.
Colaboradora assídua na criação de estampas para o estilista mineiro Ronaldo
Fraga, Adriana é fã das composições divertidas que espalha pelos móveis e
paredes. “Eu tento reunir peças diferentes, como quadros e pequenas lembranças,
em um conjunto harmônico, mas sem regras. Daqui a pouco, canso e mudo tudo. O
ciclo nunca termina.”

Em seu apartamento, quem participa ativamente da
decoração é o amigo mineiro, o arquiteto Cristiano
Sá Motta.
Todas a vezes que vai ao Rio, ele fica hospedado na casa da
artista e acaba dando um palpite valioso que, invariavelmente, é logo colocado
em prática. “Foi ele quem me incentivou a pintar a parede da porta de preto. E,
juntos, fizemos o painel que decora a cabeceira da cama. A inspiração veio do
trabalho das estampas geométricas do arquiteto italiano Gio Ponti. Deu muito trabalho e ainda está inacabado, mas é lindo.
Em breve, eu pretendo incluir uma cabeceira de madeira”, revela ela, que
concede a Motta o crédito pela decisão de usar a sala como um ambiente
integrado, perfeito para trabalhar e receber.

“O Cristiano é contra os confinamentos. Seu mantra é:
casa tem que ser usada! Adora quebrar paredes. Agora quero investir na cozinha
e no banheiro, para deixar o apartamento no ponto”, afirma ela. Adriana diz que
seu olhar criativo para os objetos, cores e estampas vem do passado ligado à
moda. Nos anos 1980 fazia parte da equipe do departamento de criação de
produtos da extinta loja de departamentos Mesbla. Depois, cansada da lida
corporativa, resolveu seguir carreira solo e enveredar pelo universo das artes
plásticas, mas sem perder o foco no lúdico e no desenvolvimento de objetos,
suas grandes paixões. “Tenho um olhar infalível para o garimpo. E esse dom está
aqui, presente, em cada canto. Seja no trabalho, seja na decoração.”

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