Tom Zé, grande cantor e compositor, irá ocupar a cadeira de número 33, sucedendo o lugar destinado ao ator e apresentador Jô Soares
O cantor e compositor Tom Zé, de 85 anos, foi eleito nesta última quarta-feira, 28 de setembro, como mais novo membro da Academia Paulista de Letras. O artista que irá ocupar a cadeira de número 33, em sucessão ao ator e apresentador Jô Soares, recebeu 32 votos dos 35 votantes presentes na ocasião.
Tom Zé relevou em uma entrevista à TV Globo que foi surpreendido com a notícia de sua candidatura para integrar a Academia Paulista de Letras e ser reconhecido como imortal artisticamente. “Quando me falaram que eu ia ser candidato, eu de princípio tomei um susto natural. Mas, depois, quando eu comecei a conversar com uma ou outra pessoa, eles davam apoio me incentivando”, disse.
* Leia também:
A notícia foi dada para Tom Zé em dupla, mais especificamente pelo maestro Júlio Medaglia, com quem o cantor já havia trabalhado, e José Renato Nalini, o presidente da Academia Paulista de Letras.
Antônio José Santana Martins, o Tom Zé, nasceu na cidade de Irará, Bahia, no ano de 1936. Apesar de suas raízes baianas, o cantor vive há mais de 50 anos em São Paulo. Em sua obra, segundo José Renato Nalini, Tom Zé traduz a essência de São Paulo como ninguém, como, por exemplo, na música “São, São Paulo”, que ganhou em 1968 o festival da Record.
Para a imprensa, Tom Zé, um dos percursores do movimento Tropicalista em São Paulo, confirmou sua relação próxima com o estado mais populoso do Brasil: “Eu sou o compositor que mais fez músicas falando de São Paulo. Então eu fui mesmo absorvido pela cidade”. Sobre sua ligação com Jô Soares, cuja cadeira ele irá ocupar, Tom Zé falou sobre o respeito que tem pela figura que Jô foi “nesse mundo civilizado”.
