Projetada por estudantes, prótese do Capitão América é feita para menino de 5 anos
Raphael Batista, fã do Capitão América, ganhou uma prótese de mão desenvolvida especialmente por estudantes do IESB, no Distrito Federal

Raphael Batista, fã do Capitão América, ganhou uma prótese de mão desenvolvida especialmente por estudantes do IESB, no Distrito Federal
O pequeno Raphael Batista, de apenas 5 anos, foi presenteado recentemente por estudantes do IESB (Instituto de Educação Superior de Brasília), no Distrito Federal. Os universitários lhe entregaram uma prótese personalizada feita por eles com as cores e símbolos do Capitão América, o super-herói favorito do pequenino.
A história do menino que nasceu sem a mão esquerda sensibilizou os alunos que se propuseram a construir a prótese a partir da tecnologia 3D e dar-lhe de presente.
Como explicou o fonoaudiólogo Franklin Batista, de 53, pai do menino, ao portal de notícias Ecoa, do UOL: “O Raphael não tem a mão esquerda. Ele nasceu com uma síndrome bem rara: Síndrome de Polland. Por causa disso, ele não tem um músculo do peitoral maior e isso fez com que a mão esquerda não se desenvolvesse”.
Como contou o pai do pequenino, Raphael nunca usou prótese. Há cinco anos vem se adaptando à vida da maneira como veio ao mundo: sem a mãozinha. Quando chegou à visita na universidade, os alunos notaram que Raphael estava usando uma sandália do Capitão América. Assim, perguntaram se o menino gostava do super-herói, que, de pronto, respondeu “sim”. Foi aí que surgiu a inspiração para o tema da prótese.
Sobre o primeiro contato de Rapha com o presente, o pai contou: “Putz, ficou radiante quando viu a prótese pronta. Criamos até um Instagram para perpetuar o momento: @aventurasdoraphael. Ele ainda está se adaptando à prótese. Às vezes, se recusa a usar. A gente, então, dá um tempo. Ele estuda em uma escola inclusiva, tem crianças com deficiência auditiva e outras alterações. Então, vai se acostumando, porque vê as dificuldades de outras crianças”.
O desenvolvimento da prótese de Raphael é resultado do projeto E-Nable, que visa imprimir e montar gratuitamente próteses de mãos para pessoas com deficiência. O dispositivo que dá ao indivíduo o movimento de agarrar funciona através da flexão de punho ou cotovelos da pessoa.
“Depois que a prótese está pronta, nossa equipe de profissionais e estudantes do IESB vai ensinar o beneficiário a usar as novas mãos. Elas são colocadas no punho utilizando uma faixa, como se fosse uma luva”, explica a coordenadora dos cursos de Arquitetura e Design de Interiores do IESB e responsável pelo projeto E-Nable, Larissa Cayres.
Para solicitar a prótese – que deve ser prescrita por um profissional da saúde e posteriormente monitorada por um responsável da área de reabilitação -, entre em contato através do e-mail [email protected].